O Spotify é atualmente uma das plataformas de streaming online mais populares, contando com milhares de utilizadores diários. Obviamente, o objetivo da empresa passa por fornecer conteúdos que sejam de interesse para os mesmos, e que faça com que estes permaneçam no serviço.
Uma das medidas para tal passa pelo sistema de recomendações da empresa. Muitos utilizadores descobrem música nova na plataforma através do sistema de recomendações da mesma, e em parte isso avalia não apenas as músicas que estes ouvem, mas também os seus “gostos” ou partilhas.
No entanto, um grupo de investigadores colocou recentemente a questão: porque então o Spotify não permite a opção para “não gostar” de músicas?
O grupo da Universidade Cornell decidiu avaliar o quanto mais eficaz seria o sistema de recomendação do Spotify se tivesse uma opção de “gosto” e “não gosto” para as músicas apresentadas, e os resultados são algo impressionantes.
De acordo com a análise, o algoritmo é capaz de fornecer uma recomendação que os utilizadores gostem até 20% mais das vezes tendo a opção de avaliar o “Gosto” e “Não Gosto” que os utilizadores forneçam. Com 400.000 pontos de análise, o sistema é capaz de apresentar resultados mais adaptados para os possíveis gostos dos utilizadores.
No final, seria uma pequena diferença para os utilizadores e para a plataforma, mas que teria grande impacto na forma como os conteúdos são recomendados. Além disso, o Spotify é uma das poucas plataformas que não conta com este sistema – outras plataformas de Streaming possuem o mesmo.
Segundo os investigadores, um algoritmo criado apenas para analisar os gostos possui capacidade de recomendar músicas que os utilizadores gostem, mas também uma alta probabilidade de recomendar conteúdos que os utilizadores não apreciem.
A opção de “Não gosto” poderia reduzir consideravelmente essas recomendações negativas.
Infelizmente será improvável que o Spotify venha a integrar um botão de “Não gosto” na sua plataforma, pelo menos para já... mas nada garante sobre o futuro.
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