Um grupo de cibercrime, conhecido como "Lemon Group", pode ter estado durante anos a instalar malware em diversos dispositivos baseados em Android, onde a instalação dos conteúdos maliciosos seria feita de fábrica. A lista de dispositivos afetados engloba uma vasta linha de produtos, desde smartphones a smartwatches e boxes de TV.
O malware instalado era conhecido como "Guerilla", e possui capacidade de roubar dados sensíveis dos utilizadores. De acordo com os investigadores da empresa de segurança Trend Micro, acredita-se que o malware tenha sido instalado em mais de 9 milhões de dispositivos Android ao longo dos últimos anos.
Entre as capacidades do malware encontra-se a de roubar códigos de autenticação SMS, roubar dados de sessões do WhatsApp e ter controlo remoto do dispositivo e dos dados presentes no mesmo.
Os investigadores afirmam ter descoberto as atividades do grupo em Fevereiro de 2022, embora as mesmas estivessem ativas desde muito antes. Após a descoberta, o grupo terá alegadamente alterado de nome para "Durian Cloud SMS", embora tenha mantido toda a sua infraestrutura.
Os investigadores não foram capazes de clarificar como o grupo estaria a infetar os dispositivos de origem, mas acredita-se que os equipamentos seriam obtidos pelo grupo, reformatados com ROMs modificadas contendo o malware, e posteriormente revendidos em diversos sites.
Foram descobertas mais de 50 ROMs modificadas com este malware, que estariam a ser usadas em dispositivos no mercado. No final, estima-se que mais de 9 milhões de dispositivos Android podem encontrar-se comprometidos com este malware.
O malware foca-se sobretudo em roubar o máximo de dados privados possíveis, e obter acesso a contas de email, de redes sociais e outras informações que possa ter interesse para o grupo. A maioria dos dispositivos infetados encontram-se na Ásia, seguindo-se a América do Norte e do Sul. Muitos dos mesmos ainda se encontram ativos, e potencialmente a serem usados para ataque e roubos de dados.
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