A internet continua a ser uma área para debates e transmissão de informação, mas nem tudo corre sobre rodas em todos os aspetos. E a tendência para abusos, mensagens de ódio ou assédio continua a ser um dos temas mais presentes no dia a dia das redes sociais.
De acordo com um estudo realizado pela Anti-Defamation League, e respeitante apenas aos EUA, mais de metade dos americanos afirmam ter sido alvo de mensagens com conteúdos de ódio ou assédio nos últimos 12 meses – um número que tem vindo a aumentar, sobretudo sobre a camada mais jovem de utilizadores.
Segundo o estudo, o aumento deste género de casos leva a que, muitas vezes, se tenha impacto no mundo real, ao mesmo tempo que também leva menos utilizadores a participarem em discussões ativas nas redes sociais e no ambiente digital.
O estudo aponta que as mensagens de ódio e assédio aumentaram em praticamente todas as camadas da sociedade, mas é mais notável sobre certos grupos religiosos e a comunidade LGBTQ+.
Quase metade da comunidade LGBQ+ (47%) que participaram no estudo apontam que foram alvo de mensagens de ódio nas redes sociais durante o último ano. Ao mesmo tempo, cerca de 51% dos jovens no estudo apontam terem sido alvo de mensagens de ódio, um valor que aumentou consideravelmente face aos 36% registados no ano anterior.
A maioria dos casos terão ocorrido em plataformas como o Facebook, mas a tendência parece também estar a mudar neste campo, com o Twitter e Reddit a serem cada vez mais a origem deste género de conteúdos.
Um dos maiores problemas deste género de mensagens de ódio encontra-se nos danos que causam para os utilizadores, e sobretudo muitos que não são propriamente visíveis. Existe o stress emocional e danos de reputação social, bem como económicos que dai são derivados.
Os ataques e mensagens de ódio levam também a uma participação menos ativa dos utilizadores nos meios sociais, e em alguns casos também sobre o mundo real.