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Logo do Telegram em 3D

 

Várias plataformas sociais começaram a ser pressionadas pela Comissão Europeia, sobre os conteúdos que estariam a ser partilhados nas mesmas sobre os ataques em Israel. X, Meta e TikTok foram algumas das entidades visadas.

 

Praticamente todas indicaram estar a fazer esforços para remover conteúdo violento ou de desinformação respeitante às ações do Hamas em Israel. No entanto, o caso vai ser diferente no Telegram.

 

O CEO do Telegram, Pavel Durov, veio confirmar que a empresa não vai aplicar medidas relativamente a conteúdos associados com os ataques em Israel, indicando que essa informação pode ser importante, e que a plataforma tem vindo a provar ser um meio fundamental de comunicação neste género de situações.

 

O mesmo alega ainda que o Telegram não se compara diretamente a outras plataformas sociais, tendo em conta que os utilizadores apenas recebem conteúdos de canais onde se encontram subscritos para tal – embora esta indicação não deixe claro que a plataforma permite que esses utilizadores partilhem os conteúdos com terceiros.

 

Durov afirma que o Telegram tem vindo a usar IA para remover conteúdos que são claramente uma violação das regras da plataforma, e quando estes são partilhados publicamente e de forma aberta. No entanto, a empresa sublinha que não vai remover conteúdos sensíveis no foco da partilha de informação sobre a guerra.

 

O mesmo afirma ainda que a plataforma tem vindo a ser um importante meio de comunicação para todas as partes envolvidas, dando como referência o facto que o Hamas usou o seu canal na plataforma para alertar pessoas em Ashkelon sobre um conjunto de bombardeamentos, e sublinhando que “O encerramento do canal ajudaria a salvar vidas - ou poria em perigo mais vidas?”.

 

É importante notar que o Telegram tem vindo a ser uma das principais formas por onde conteúdos associados com os ataques têm vindo a surgir para o mundo. Nos dias ou horas que se seguiram ao ataque em Israel, vários grupos dentro do mesmo começaram a partilhar fotos e vídeos dos ataques.

 

Ao mesmo tempo que deixa esta declaração, Durov também aponta que a plataforma tem vindo claramente a beneficiar da situação, com mais utilizadores a registarem-se na mesma. Durov afirma que, nos dias seguintes aos ataques, a plataforma registou mais do dobro da média diária de novos registos, sobretudo nas zonas afetadas pelos ataques.

 

A mensagem partilhada por Durov, no entanto, vem de encontro ao que a plataforma já permitia no passado. Esta tem vindo a classificar-se de forma diferente com as tradicionais plataformas sociais, onde o conteúdo não é partilhado publicamente, mas sim para quem ativamente procura o mesmo.

 

Durov acredita que, ao contrário de plataformas onde existem algoritmos a recomendar conteúdos, os canais do Telegram são mais usados como fontes de informação, e não como meios de distribuição ou propaganda.

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