A Simple Mobile Tools é um programador de apps conhecido por desenvolver apps de simples funcionamento. A ideia do mesmo sempre foi criar apps básicas, que servem para algumas das principais atividades dos dispositivos, sem publicidade e inteiramente gratuitas.
No entanto, recentemente a “Simple Mobile Tools” confirmou ter sido adquirida pela ZipoApps, uma empresa sediada em Israel, que possui exatamente o histórico de realizar compras de apps no mercado apenas para integrar publicidade e tracking nas mesmas.
Um dos focos das apps Simple Mobile eram exatamente o facto de serem inteiramente livres de publicidade, e serem baseadas em receitas através de doações dos utilizadores, ou da aquisição de versões “Pro”, que contavam com funcionalidades extra – mas não seriam obrigatórias para usar as apps principais.
Com esta aquisição pela ZipoApps, alguns utilizadores consideram que as futuras versões das apps podem vir a integrar publicidade, para aproveitar a base de utilizadores existentes. Isto parece ter ganho ainda mais força depois de várias das apps da Simple Mobile terem já sido marcadas na Google Play Store como tendo publicidade – algo que não ocorria no passado.
A partir do GitHub, o principal programador da Simple Mobile confirma a compra, e aparenta confirmar também os receios da comunidade. No entanto, este atribui a culpa ao ecossistema do Android, que se encontra lentamente “em queda”, e que obriga a que sejam realizadas medidas para que os programadores possam continuar a desenvolver as suas aplicações.
O programador também indicou que desconhece se, depois da compra, as apps irão ser mantidas em formato open source. Mas que, para já, as versões disponíveis na F-Droid das suas apps não foram modificadas. A ideia de mudar o formato de licenciamento das apps deixou, no entanto, críticas por parte dos utilizadores.
Em parte porque as apps encontram-se sobre a licença General Public License v3.0, que obriga a que todos os contribuidores na mesma tenham de aceitar a mudança do formato de licença para tal ocorrer. Teoricamente, as apps não poderiam deixar esse formato de licenciamento no futuro, a menos que todos os programadores confirmem que o pretendem.
No entanto, o futuro destas apps, se vão integrar publicidade ou deixarão de ser open source ainda é desconhecido.
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