Faz algum tempo que a Xiaomi tem vindo a dificultar a tarefa de desbloquear o bootloader dos seus dispositivos, o que é necessário para quem pretenda usar ROMs personalizadas no mesmo.
No entanto, com a chegada do HyperOS 2.0, a mais recente versão do sistema operativo da empresa, essa tarefa pode ser praticamente impossível. Em causa encontram-se as novas políticas da empresa no que respeita ao desbloqueio do bootloader, que podem tornar a tarefa consideravelmente mais difícil de ser feita para a grande maioria dos utilizadores.
Quando o HyperOS 1.0 foi lançado, a Xiaomi fez algumas mudanças na forma como era possível realizar o desbloqueio do bootloader, tornando a tarefa mais complicada, mas não impossível. Porém, com o HyperOS 2.0, essa tarefa pode agora ficar praticamente impossível, com algumas das formas anteriormente fornecidas para tal a não se encontrarem na versão mais recente do sistema.
Anteriormente, para o desbloqueio, os utilizadores tinham de responder a um pequeno inquérito da empresa, com algumas questões associadas à tarefa. Porém, agora a empresa indica que vai descontinuar este método de desbloqueio a partir de 9 de Setembro de 2024, o que vai impedir novos utilizadores de desbloquearem o bootloader.
Esta medida surge a menos de um mês da chegada da versão final do HyperOS 2.0, o que indica que a nova versão do sistema vai trazer grandes mudanças neste ponto. Embora ainda se desconheça o futuro, é bastante provável que a forma de desbloquear o bootloader venha a ficar consideravelmente mais complicada ou até impossível.
A ter em conta que várias fabricantes atualmente não permitem que o bootloader seja desbloqueado, portanto a medida da Xiaomi não é inesperada face à tendência do mercado. No entanto, esta era uma das poucas fabricantes onde tal atividade ainda era possível de ser realizada.
De momento, a mudança apenas foi confirmada para as variantes de dispositivos vendidos na China, e desconhece-se se vai afetar os modelos globais. Porém, as medidas aplicadas pela empresa nas variantes chinesas eventualmente chegam também aos modelos globais, portanto será bastante provável.
Nenhum comentário
Seja o primeiro!