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Google Pixel 9 Pro XL

 

Os ecrãs dos smartphones Pixel da Google têm sido consistentemente elogiados pela sua qualidade de imagem, mas um aspeto técnico, muitas vezes ignorado, pode estar a causar desconforto a alguns utilizadores. Trata-se da frequência de modulação por largura de pulso (PWM), e a Google parece finalmente estar a dar atenção a esta questão, sugerindo melhorias futuras, possivelmente já a partir da série Pixel 10.

 

O que é o PWM e porque importa?

 

Provavelmente nunca pensou na taxa de PWM do ecrã do seu telemóvel, mas esta característica dos painéis OLED é fundamental na forma como o brilho é ajustado. O PWM funciona, essencialmente, "enganando" os nossos olhos para que percebam o ecrã como menos brilhante. Isto é conseguido através de um piscar muito rápido do ecrã.

 

Embora seja uma técnica eficaz, esta cintilação, especialmente a frequências mais baixas, pode causar cansaço visual em muitos utilizadores e, em casos mais extremos, até dores de cabeça ou náuseas em pessoas mais sensíveis. Quanto mais alta for a frequência do PWM (medida em Hertz, Hz), menos percetível se torna esta cintilação e, consequentemente, menor a probabilidade de causar desconforto.

 

Nos últimos anos, vários fabricantes têm vindo a adotar taxas de PWM significativamente mais elevadas. Marcas como a Honor, por exemplo, já implementam valores na ordem dos milhares de Hz – até o mais acessível Honor 200 Pro apresenta uma taxa de 3840Hz. A Samsung, por sua vez, utiliza uma frequência de 492Hz nos seus modelos topo de gama mais recentes (desde a série Galaxy S24). Em contraste, o Google Pixel 8 Pro registava apenas 246Hz, um valor consideravelmente baixo para um dispositivo desta categoria.

 

Google reconhece o problema e promete novidades

 

Parece que a Google está ciente desta desvantagem. Em declarações ao Android Central (especificamente a Nick Sutrich, que tem dedicado vários artigos a este tema), a gigante tecnológica indicou que as suas equipas estão "cientes e a investigar" como os seus ecrãs funcionam para utilizadores sensíveis ao PWM. A empresa acrescentou ainda que "pode esperar atualizações mais para o final do ano".

 

Embora não seja uma confirmação explícita, esta comunicação sugere fortemente que a próxima geração de smartphones da marca, a série Pixel 10, trará melhorias nesta especificação.

 

Melhorias via hardware ou software?

 

Tecnicamente, é possível introduzir algumas mitigações por software para reduzir o impacto negativo de uma baixa taxa de PWM, algo que a Motorola já fez em alguns dos seus dispositivos. No entanto, a solução mais eficaz e completa passa por alterações ao nível do hardware, ou seja, utilizar painéis com uma frequência de PWM nativa mais elevada. É o cenário mais provável se a Google quiser resolver verdadeiramente a questão.

 

Expectativa para o futuro

 

De momento, resta aguardar por informações mais concretas. Historicamente, a Google não tem sido muito transparente relativamente à divulgação da taxa de PWM dos seus ecrãs. Será preciso esperar pelo lançamento dos novos Pixel 10, previsto para os próximos meses, e pelas análises independentes para confirmar que melhorias foram implementadas.

Ainda assim, o reconhecimento do problema por parte da Google é um sinal encorajador para os utilizadores que sofrem de sensibilidade à cintilação dos ecrãs. Uma melhoria significativa no PWM tornaria os futuros Pixel aparelhos mais confortáveis e acessíveis a um público mais vasto.




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