1. TugaTech » Internet e Redes » Noticias da Internet e Mercados
  Login     Registar    |                      
Siga-nos

Apple e bandeira da China

 

A Apple encontra-se numa encruzilhada na China, o seu segundo mercado mais importante, à medida que legisladores e funcionários do governo em Washington manifestam sérias preocupações sobre um potencial acordo com o gigante chinês Alibaba. O objetivo da parceria seria finalmente levar funcionalidades de Inteligência Artificial (IA) aos iPhones vendidos no país asiático, uma ausência que, segundo analistas, poderá estar a contribuir para a queda nas vendas da gigante de Cupertino.

 

A complexa busca por um parceiro de IA na China

 

Conforme noticiado pelo The New York Times, a Apple tem explorado ativamente parcerias com empresas chinesas para integrar capacidades de IA nos seus dispositivos na China. Isto deve-se ao facto de o ChatGPT, da OpenAI, que alimenta muitas das novas funcionalidades de IA nos iPhones vendidos nos EUA e noutros mercados globais, não operar em território chinês.

 

Em fevereiro, surgiram indicações de que a Apple poderia estar perto de um acordo com a Alibaba. No entanto, outras tecnológicas chinesas como a DeepSeek, Baidu e Tencent também terão estado na mira da empresa norte-americana para esta crucial colaboração. A ausência de IA nos iPhones chineses coloca a Apple em desvantagem competitiva, num mercado onde as rivais locais já oferecem soluções avançadas.

 

Washington acende o sinal vermelho

 

As movimentações da Apple não passaram despercebidas em Washington, onde se teme que tal acordo possa trazer consequências indesejadas. As preocupações centram-se em três eixos principais: a possibilidade de a parceria ajudar uma empresa chinesa a aprimorar as suas próprias tecnologias de IA, alargar o alcance de chatbots chineses que operam sob limites de censura e, crucialmente, aprofundar a exposição da Apple às leis de Pequim relativas à censura e partilha de dados.

 

Falta de transparência da Apple adensa preocupações

 

Fontes do The New York Times indicam que executivos da Apple já se reuniram com representantes da Casa Branca e do Comité Seleto da Câmara sobre a Competição Estratégica entre os Estados Unidos e a China para tentar dissipar estas inquietações. Contudo, a alegada falta de transparência da empresa de Tim Cook terá levantado ainda mais suspeitas.

 

Questionados sobre os termos específicos do acordo, os mecanismos de partilha de dados com a Alibaba e os potenciais compromissos legais com os reguladores chineses, os representantes da Apple não terão conseguido fornecer respostas consideradas satisfatórias, o que adensou o ceticismo em Washington.

 

Críticas severas de legisladores e o risco para a Apple

 

A potencial aliança com a Alibaba enfrenta também uma forte reação de legisladores norte-americanos. O congressista Raja Krishnamoorthi, por exemplo, classificou a Alibaba como o "testa de ferro da estratégia de fusão militar-civil do Partido Comunista Chinês", considerando "extremamente perturbador que a Apple não tenha sido transparente sobre o seu acordo".

 

Se a Apple não conseguir assegurar uma parceria de IA com uma empresa local na China, arrisca-se a perder uma fatia considerável de clientes para marcas domésticas como a Xiaomi e a Huawei. Estes fabricantes chineses já estabeleceram capacidades de IA robustas nos seus dispositivos e, sem uma oferta semelhante, a Apple poderá assistir a uma debandada significativa da sua base de utilizadores no crucial mercado chinês. O futuro da estratégia de IA da Apple na China parece, assim, cada vez mais incerto e complexo.




Aplicações do TugaTechAplicações TugaTechDiscord do TugaTechDiscord do TugaTechRSS TugaTechRSS do TugaTechSpeedtest TugaTechSpeedtest TugatechHost TugaTechHost TugaTech