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Xiaomi com bandeira dos EUA

 

A Xiaomi parece estar a agitar, e muito, o panorama tecnológico. O seu mais recente processador, o XRING 01, é uma verdadeira proeza de engenharia que colocou a empresa chinesa perigosamente próxima do desempenho de chips de referência como o Apple A18 ou o Snapdragon 8 Gen 3. O feito foi de tal ordem que mereceu elogios públicos do próprio governo chinês. No entanto, esta ascensão meteórica acendeu os alarmes nos Estados Unidos, que não tardaram a colocar em cima da mesa restrições relacionadas com software EDA (Electronic Design Automation) contra a Xiaomi. Uma notícia com duas faces da mesma moeda.

 

O novo Xiaomi XRING 01, que integra o modem Xiaomi XRING T1, colocou a fabricante chinesa na mira dos Estados Unidos, arriscando-se a enfrentar um bloqueio semelhante ao que a Huawei vive desde 2019. E, de facto, o que inicialmente eram ameaças, materializou-se agora num bloqueio efetivo. A Xiaomi desenvolveu este novo chip de 3 nanómetros em colaboração com a TSMC, mas parece que a sua evolução tecnológica vai encontrar aqui um obstáculo: os Estados Unidos proibiram o acesso a tecnologia crucial.

 

Um salto de performance que acendeu alarmes em Washington

 

O impressionante feito do XRING 01 posicionou a Xiaomi na linha da frente das empresas tecnológicas chinesas sujeitas a potenciais bloqueios no setor. A razão principal prende-se com o facto de o processador utilizar a tecnologia de 3 nanómetros ‘N3E’ da gigante taiwanesa TSMC. Este avanço colocava a Xiaomi à beira de necessitar de um novo processo de desenvolvimento para atingir a marca dos 2 nanómetros. O problema reside no facto de este passo exigir software de origem norte-americana, e os Estados Unidos, segundo avança o leaker Digital Chat Station, já terá mesmo emitido este bloqueio.

 

mensagem do leaker sobre o caso da Xiaomi vs EUA

 

Para conseguirem desenvolver processadores de 2 nanómetros, a TSMC e a Xiaomi teriam de recorrer a ferramentas EDA norte-americanas, essenciais para desenhar estruturas GAAFET (Gate-All-Around Field-Effect Transistor). Com o bloqueio imposto pelos Estados Unidos, a TSMC ficaria impedida de aceder a essas ferramentas. Consequentemente, os futuros desenvolvimentos para a Xiaomi teriam de se manter no processo ‘N3E’, limitados aos 3 nanómetros. Embora existam relatos de startups chinesas que recorrem a software EDA pirateado, essa solução afigura-se apenas temporária, restringindo-se à fase de desenvolvimento e inviabilizando a comercialização em larga escala.

 

A barreira dos 3 nanómetros: O software EDA no centro da disputa

 

Este bloqueio, que aparenta ter como objetivo impedir que a China alcance o nível tecnológico de empresas norte-americanas como a NVIDIA ou a Qualcomm, poderá, paradoxalmente, ter um efeito contrário. A China poderá sentir-se incentivada a acelerar o desenvolvimento das suas próprias ferramentas e processos de fabrico de processadores avançados.

 

Resta a dúvida se este processo de desenvolvimento autónomo chegará a tempo do XRING 02 que, caso a Xiaomi mantenha os ciclos habituais da indústria, deverá ser lançado no próximo ano de 2026. O futuro ditará o desenrolar dos acontecimentos, mas, para já, a Xiaomi vê-se impedida de cruzar a barreira dos 3 nanómetros, um revés significativo nas suas ambições de liderança no mercado de semicondutores.




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