A Nvidia parece ter perdido a esperança de que os Estados Unidos revertam a sua política de restrições à exportação de chips para a China. A convicção da fabricante é tão forte que decidiu simplesmente excluir o mercado chinês das suas futuras previsões de receitas e lucros.
A confirmação veio do próprio CEO da empresa, Jensen Huang, em declarações à CNN esta quinta-feira. Huang afirmou que não está a contar com uma mudança de rumo por parte da administração norte-americana no que toca aos controlos de exportação de chips. Caso tal viesse a acontecer, seria encarado como um "bónus" inesperado.
Um golpe de quase 7 mil milhões de euros
A decisão da Nvidia surge na sequência das mais recentes medidas impostas em abril, que introduziram requisitos de licenciamento para os chips H20. Estes são os processadores de inteligência artificial mais avançados que a empresa tinha permissão para vender a clientes na China.
O impacto financeiro desta medida é colossal. Nos resultados do primeiro trimestre, a Nvidia revelou que estas restrições deverão resultar numa quebra de receita na ordem dos 8 mil milhões de dólares (cerca de 6,96 mil milhões de euros) já no segundo trimestre do ano.
Com este passo, a gigante dos semicondutores adapta-se a uma nova realidade geopolítica, tratando o vasto mercado chinês como uma variável incerta em vez de uma fonte de receita garantida. A Nvidia não respondeu de imediato a pedidos de comentário sobre o assunto.
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