A Xiaomi deu um passo decisivo para o futuro dos seus processadores. A gigante tecnológica submeteu oficialmente, a 5 de junho de 2025, o pedido de registo da marca "XRING O2" junto do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual da China. Este movimento, que se segue ao lançamento do aclamado chip XRING O1 no início deste ano, sinaliza a clara intenção da empresa em solidificar a sua estratégia de desenvolvimento de semicondutores próprios e competir ao mais alto nível.
Um passo estratégico para o futuro
Ao garantir o nome "XRING O2", a Xiaomi está a preparar o terreno para o sucessor do seu atual processador de topo. O registo da marca, que se encontra de momento a aguardar revisão substantiva, é um forte indicador de que o desenvolvimento do novo chip já está em andamento há algum tempo. A informação, avançada pelo site de tecnologia chinês ITHome, revela uma abordagem proativa, consistente com os ciclos da indústria, onde os fabricantes de chips operam com uma antecedência de dois a três anos em relação ao lançamento dos produtos. Este investimento pesado em investigação e desenvolvimento demonstra a ambição da Xiaomi em manter-se na vanguarda do ultracompetitivo mercado de processadores móveis.
O que nos diz o antecessor, XRING O1?
Para se ter uma ideia do que esperar do O2, basta olhar para as credenciais do seu irmão mais velho. O XRING O1 é um portento de tecnologia, fabricado num processo avançado de 3nm e com especificações de respeito:
Transístores: 19 mil milhões
Área do chip: 109mm²
CPU: Dez núcleos em quatro clusters (dois super núcleos, quatro de desempenho, dois de eficiência energética e dois de super eficiência)
Frequência Máxima: O super núcleo atinge os 3.9GHz
Benchmarks: Pontuações que ultrapassam os 3.000 em single-core e os 9.500 em multi-core
Estes números, aliados a uma melhoria na eficiência energética face aos rivais diretos, colocaram o XRING O1 como um sério concorrente no mercado de topo.
Inovação gráfica e de processamento para desafiar os rivais
No departamento gráfico, o XRING O1 vem equipado com a potente GPU Immortalis-G925 de 16 núcleos, que utiliza um sistema de agendamento de desempenho dinâmico. Esta configuração permite-lhe oferecer um desempenho gráfico superior ao do A18 Pro da Apple, consumindo, no entanto, menos energia.
Outra inovação chave é a unidade de micro-controlo dedicada, que possibilita um agendamento a nível de hardware com latências de apenas 2ms. Para o utilizador, isto traduz-se numa experiência multitarefa excecionalmente rápida e responsiva, um benefício particularmente notório em tablets. Com o registo do XRING O2, a expectativa é que a Xiaomi eleve ainda mais a fasquia nestas áreas, prometendo abanar novamente o ecossistema dos semicondutores.
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