A Figma, a conhecida plataforma especializada em design de interfaces colaborativo, oficializou o seu pedido para uma Oferta Pública Inicial (IPO), marcando um novo e decisivo capítulo na sua história. A empresa prepara-se para ser negociada no mercado de ações sob o símbolo "FIG" e planeia intensificar os seus investimentos em inteligência artificial.
Este passo surge depois de um período turbulento. Em 2022, a Figma esteve prestes a ser adquirida pela gigante Adobe por um valor impressionante de 20 mil milhões de dólares. No entanto, o negócio foi cancelado em 2023 devido a uma forte pressão por parte das entidades reguladoras no Reino Unido e na União Europeia, que levantaram preocupações sobre a concorrência no mercado.
Um novo rumo estratégico
A decisão de entrar em bolsa não é uma surpresa total. No ano passado, Dylan Field, o CEO da Figma, já tinha sugerido esta possibilidade durante uma entrevista incluída na newsletter Command Line do The Verge. Na altura, Field comentou: "Existem dois caminhos que as startups financiadas por capital de risco seguem. Ou são adquiridas ou tornam-se públicas. E nós explorámos exaustivamente a rota da aquisição."
A empresa tinha submetido confidencialmente a sua intenção de IPO em abril, mas o novo documento, agora público, revela a saúde financeira robusta da Figma. As receitas dispararam para 228,2 milhões de dólares no último período, um aumento significativo em comparação com os 156,2 milhões de dólares registados no mesmo período do ano anterior.
O futuro é a inteligência artificial
A estratégia da Figma para o futuro está claramente centrada na IA. Ao longo deste ano, a empresa já expandiu o seu leque de ferramentas para incluir funcionalidades para a criação de websites, programação assistida por IA, marketing de marca e ilustração digital. Além disso, começou a permitir que modelos de IA acedam diretamente aos seus servidores de design para tornar a programação mais eficiente.
No documento oficial do IPO, o CEO Dylan Field reforça esta aposta: "Já estamos a investir fortemente em IA e planeamos duplicar ainda mais nesta área." Field reconhece que este investimento poderá ser um entrave à eficiência da empresa durante vários anos, mas sublinha que "a IA é também fundamental para a forma como os fluxos de trabalho de design irão evoluir no futuro."
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