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Ubisoft com dinheiro

Uma declaração da Ubisoft no seu mais recente relatório financeiro está a gerar uma onda de contestação na comunidade de jogadores. A empresa francesa afirma que as microtransações nos seus jogos premium servem para "tornar a experiência do jogador mais divertida", uma justificação que surge num contexto em que estas compras opcionais já representam 58% das suas receitas de PC no ano fiscal de 2024.

A justificação controversa da Ubisoft

No seu relatório financeiro anual para 2024-2025, publicado a 14 de maio de 2025, a Ubisoft detalha a sua visão sobre as microtransações. Segundo a empresa, estas permitem aos jogadores "personalizar os seus avatares ou progredir mais rapidamente". Apesar de sublinhar que estas compras são "sempre opcionais", a explicação não convenceu os jogadores, que acusam a editora de estar desalinhada com a realidade e de priorizar o lucro em detrimento da satisfação do consumidor.

Comunidade de jogadores em fúria

A reação nas redes sociais foi imediata e avassaladora. Em plataformas como o X (anteriormente Twitter), os utilizadores não pouparam críticas, comparando a retórica da Ubisoft a frases distópicas. Um comentário popular afirmava: "Dizer que as microtransações ajudam os jogadores a divertirem-se mais está ao mesmo nível de 'Não terás nada e serás feliz'".

O descontentamento alastrou-se a fóruns como os subreddits r/pcgaming e r/PS5, onde publicações com centenas de votos a favor expressam frustração. Muitos argumentam que, numa era em que os jogos premium custam entre 70 e 80 euros, a inclusão de microtransações se assemelha a "roubo à luz do dia".

A "diversão" de pagar para progredir

A comunidade aponta o dedo ao design de alguns jogos, como o recente Assassin’s Creed: Shadows, que parecem incluir mecânicas de "grind" (progressão lenta e repetitiva) de forma deliberada. A crítica central é que estes sistemas incentivam a compra de aceleradores de progresso, algo que, segundo os jogadores, poderia ser resolvido com um design de jogo mais equilibrado e não com monetização adicional. "Eles tornaram o jogo entediante de propósito, caso contrário as pessoas não comprariam [os boosts] para se divertirem mais", comentou um utilizador no subreddit r/gaming.

Uma dependência financeira que não é nova

A forte dependência das microtransações não é uma novidade para a Ubisoft. A empresa introduziu pela primeira vez estas compras em Assassin’s Creed Origins, de 2017, que permitia adquirir melhorias de XP e itens cosméticos. Desde então, todos os grandes lançamentos da saga, incluindo Odyssey, Valhalla e o mais recente Shadows, incluíram alguma forma de monetização digital.

A revelação de que a Ubisoft possui um "grupo de trabalho dedicado à monetização e aos riscos associados" apenas aprofundou o fosso entre a editora e os seus fãs. Perante este cenário, muitos jogadores apelam a um regresso a estúdios mais pequenos, robustos e verdadeiramente focados na experiência do jogador.




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