
A Alaska Airlines viu-se forçada a paralisar todas as suas operações depois de uma falha tecnológica massiva no seu centro de dados ter provocado a interrupção de sistemas críticos em toda a sua rede no passado dia 23 de outubro. A perturbação começou por volta das 15:30, hora do Pacífico (23:30 em Portugal Continental), e resultou numa ordem para manter todas as aeronaves em terra, tanto da Alaska como da Horizon Air. A paralisação durou quase oito horas e deixou mais de 49.000 passageiros retidos em aeroportos por toda a América do Norte.
O que causou a paralisação de oito horas?
A companhia aérea conseguiu determinar que a origem do incidente foi uma falha de hardware no seu centro de dados principal, uma peça central da infraestrutura de TI da empresa. Foi esclarecido que a interrupção não se tratou de um incidente de cibersegurança. A falha afetou vários sistemas essenciais que coordenam o agendamento de voos, o encaminhamento de aeronaves e a atribuição de tripulações, o que obrigou a companhia a manter os seus aviões em terra a nível nacional. A Alaska Airlines sublinhou que a fiabilidade do sistema é uma obrigação fundamental e que a segurança dos passageiros nunca esteve comprometida.
Passageiros frustrados recorreram rapidamente às redes sociais para descrever longas filas, sistemas encerrados e confusão em aeroportos como o de Seattle-Tacoma e o Internacional de Los Angeles. A disrupção foi tão significativa que a companhia adiou a sua apresentação de resultados trimestrais, agendada para a manhã de sexta-feira.
Não é a primeira vez: um problema recorrente
Num comunicado oficial, a Alaska Airlines pediu desculpa pelo incidente, classificando-o como um desempenho "inaceitável": "Sabemos que os nossos clientes depositam a sua confiança em nós quando escolhem voar com a Alaska, e este nível de desempenho não é aceitável. E embora a segurança seja a nossa responsabilidade mais crítica, a fiabilidade das nossas operações é uma expectativa essencial dos nossos clientes".
Por mais catastrófico que pareça, este não é o primeiro incidente do género na Alaska Airlines. Em julho deste ano, a empresa sofreu outra avaria no centro de dados que paralisou os voos durante três horas e demorou dias a resolver completamente. Ambas as falhas parecem ter origem nos mesmos pontos de infraestrutura, ou em pontos muito semelhantes.
A companhia aérea já anunciou que vai contratar especialistas externos em tecnologia para realizar uma revisão em larga escala da sua arquitetura de rede e "reforçar" os seus sistemas. Na noite de sexta-feira, a companhia informou que as operações estavam a "normalizar" e que a maioria dos sistemas tinha sido restaurada, embora se esperassem cancelamentos e atrasos residuais durante o fim de semana.











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