A mais recente atualização de pré-visualização de outubro para o Windows 11 trouxe finalmente o tão aguardado Menu Iniciar redesenhado. Após quatro anos de queixas, a Microsoft reformulou o menu para uma visualização de página única, adicionou a capacidade de remover a secção de recomendações e melhorou o aproveitamento do espaço. No entanto, a novidade, que está a ser implementada de forma gradual, chega acompanhada de alguns bugs bastante estranhos.
Logo após ativar o novo Menu Iniciar, foram detetados dois problemas bizarros. O primeiro acontece quando se instalam novas aplicações: as suas pastas e atalhos não aparecem imediatamente na lista de aplicações. Por exemplo, ao instalar o VMware Workstation numa cópia limpa do Windows, não foi possível encontrá-lo na lista, apesar de o instalador dever ter criado uma pasta com os respetivos atalhos. A pesquisa do Windows também não apresentou resultados. Curiosamente, a pasta e os atalhos estão, de facto, no local correto, sendo visíveis através do Explorador de Ficheiros. O erro afeta apenas as aplicações que criam pastas no diretório do Menu Iniciar e só um reinício do sistema ou do Explorador de Ficheiros força a exibição correta de todas as apps.
O segundo bug é igualmente irritante. Na primeira vez que se abre o Menu Iniciar após um reinício, clicar com o botão esquerdo ou direito em qualquer aplicação faz com que o menu deslize automaticamente para o topo da lista. Quer abrir a aplicação de Fotografias? Azar, o sistema rola para o início e acaba por abrir algo completamente diferente. Felizmente, este comportamento anómalo ocorre apenas uma vez. Após o primeiro clique falhado, o Menu Iniciar deixa de fazer scroll indesejado e passa a funcionar como esperado.
Estes problemas foram replicados em diferentes computadores, incluindo portáteis e máquinas virtuais, o que levanta questões sobre o controlo de qualidade da Microsoft, especialmente porque o novo menu esteve vários meses em desenvolvimento. De referir que a Microsoft já tinha corrigido o problema do scroll numa build para Insiders no início de outubro, com um bug semelhante a ser supostamente resolvido numa outra atualização em setembro. A questão que se impõe é: onde estão estas correções para os utilizadores da versão estável?
Estas falhas juntam-se a outros problemas recentes do Windows 11, como o Gestor de Tarefas que se recusa a fechar e acumula processos duplicados que consomem memória e CPU. Com os esforços da Microsoft para injetar cada vez mais funcionalidades de IA e publicidade no sistema operativo, bugs como estes apenas servem para frustrar e desapontar os utilizadores.
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