Os navegadores são a principal ferramenta para quem pretende aceder à Internet. Afinal, sem estes, aceder aos seus sites favoritos não era possível. No entanto, estes mesmos navegadores devem providenciar a segurança e privacidade dos utilizadores.
Recentemente um conjunto de investigadores da Exatel e da Fidelis Cybersecurity, que descobriram que o navegador Maxthon envia diversa informação pessoal e do sistema para terceiros sem a autorização dos utilizadores.
O Maxthon é uma das alternativas gratuitas a grandes navegadores, como o Chrome e Firefox. Apesar de ter uma margem de utilizadores relativamente pequena, ainda é bastante utilizado em certos sistemas.
De acordo com o resultado da investigação, o navegador envia diversa informação adicional acerca do sistema e do próprio utilizador. Apesar desta informação ser enviada também noutros navegadores, o utilizador possui a capacidade de desativar a obtenção da mesma caso pretenda. No caso da Maxthon, os dados continuam a ser enviados mesmo que o utilizador negue o envio dos mesmos.
Os investigadores descobriram que, mesmo com a opção desativada, o navegador continua a criar um ficheiro encriptado com os dados. Este ficheiro possui uma chave de encriptação próprio, incluída no código do navegador. Ao utilizar a mesma é possível aceder ao conteúdo do ficheiro, o qual se confirma contem a informação sensível.
Entre os dados recolhidos encontra-se:
- a versão do SO
- a resolução de ecrã
- informações acerca do processador
- a memória instalada
- a localização do programa
- o estado do bloqueio de anúncios
- a página de inicio
- o histórico de navegação
- a lista de pesquisas no Google
- uma lista de outras aplicações instaladas.
Os dados são enviados, periodicamente, para os servidores da entidade responsável pelo navegador, na China.
A resposta?
A Maxthon já divulgou o seu comunicado acerca deste caso, afirmando que os dados continuam a ser recolhidos, mas não possuem qualquer informação pessoal ou do sistema. Esta afirmação acaba por não ser verdadeira, tal como os investigadores comprovaram.
Via ThreatGeek
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