Recentemente a Google planeou algumas mudanças para o Chrome, nomeadamente no Manifesto de extensões para o navegador, que poderiam vir a causar impacto sobre extensões que alterem o conteúdo das páginas web – como é o caso dos bloqueadores de publicidade.
A empresa tinha planeado limitar o uso da API webRequest por parte das extensões, alegando que a mesma causa um decréscimo considerável na velocidade de navegação. Esta API é utilizada pela grande maioria dos bloqueadores de publicidade, e a limitação da mesma iria causar uma grande mudança no funcionamento dos mesmos.
Se aplicado, o limite pode limitar o número de filtros que as extensões podem utilizar para valores demasiado reduzidos, que na prática acabam por não permitir o correto funcionamento das extensões.
No entanto, a empresa Cliqz, responsável pelo navegador Cliqz e pela extensão Ghostery, resolveu colocar os principais bloqueadores de publicidade no mercado em teste, com vista a verificar se estes realmente reduzem a velocidade de carregamento dos sites.
A análise foi realizada ao Ghostery, uBlock Origin, Adblock Plus, o bloqueador nativo do Brave e do DuckDuckGo.
Os resultados: exceto o bloqueador do DuckDuckGo, nenhum outro bloqueador de publicidade causou atrasos significativos no carregamento de websites, com a maioria a adicionar valores inferiores ao de uma milésima de segundo – ou seja, valores consideravelmente reduzidos que não iriam ser notados pelos utilizadores.
Apesar de se poder dizer que os testes não são 100% corretos, tendo em conta que o Ghostery não é um bloqueador de publicidade idêntico aos restantes, os resultados finais comprovam que não existe nenhum género de atraso pela utilização da API, e que a justificação apresentada pela Google para a limitação é incorreta no mundo real.
Alguns utilizadores afirmam que esta mudança pretende ser apenas uma forma da empresa limitar a utilização dos bloqueadores de publicidade. No entanto, a alteração ainda se encontra numa fase de discussão, sem qualquer plano para ser integrada de imediato. Além disso, a empresa também sublinha em alguns comentários que não pretende causar o mau funcionamento das extensões existentes.
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