A Google deixou muitos administradores de sistemas em redes empresariais com várias dúvidas, depois de ter realizado silenciosamente um teste sobre o navegador Chrome. Os utilizadores em ambientes empresariais, que utilizavam o Chrome para aceder aos conteúdos online através de redes como Citrix, podem ter vindo a verificar alguns problemas desde o inicio da semana.
Segundo os relatos, os utilizadores poderiam verificar páginas de erro ou em branco sempre que o navegador era aberto, impedindo a utilização do mesmo. Isto deixou muitos administradores de sistemas com dúvidas, uma vez que estas redes são normalmente geridas por uma entidade central para lançar atualizações sobre o software presente nos sistemas.
Depois dos problemas começarem a surgir, a Google admitiu que os mesmo poderiam estar relacionados com uma experiência que a empresa começou a implementar silenciosamente nas recentes versões do Chrome.
Sem anúncios para os administradores de sistemas, a Google começou a ativar a funcionalidade “WebContents Occlusion” no Chrome – a qual normalmente apenas pode ser ativada sobre as flags escondidas do navegador. Esta funcionalidade faz com que o navegador reduza a sua utilização de recursos no sistema quando não se encontra em uso, mas como ainda se encontra em desenvolvimento pode conter alguns bugs ou falhas.
Estas falhas foram visíveis com todos os problemas reportados em ambientes empresariais, que parecem ter sido os principais afetados pela ativação da flag. De relembrar que todo o processo foi realizado sem qualquer aviso da Google.
A empresa sublinha que a flag esteve em testes com 1% dos utilizadores do Chrome ao longo dos últimos cinco meses, sem problemas reportados. Os testes foram depois alargados com a nova versão do Chrome para um novo conjunto de sistemas.
Alguns administradores de sistemas demonstraram também os seus receios sobre esta situação, com algumas fontes a indicarem que é algo “incomodativo” o facto que a Google pode lançar um teste sem avisar nos sistemas, e sobretudo quando estes testes podem afetar 100,000 ou mais utilizadores ao mesmo tempo.
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