A Huawei está a tomar medidas mais drásticas contra todos os críticos que apontam a empresa de estar relacionada com o governo Chinês, e a primeira vitima deste caso poderá já estar em vista.
De acordo com o portal Bloomberg, a Huawei terá iniciado um processo de difamação contra três entidades em França – um investigador, um jornalista televisivo e um especialista em redes sem fios do pais. Em comum existe o facto de todos terem feito alegações a partir de canais televisivos sobre as ligações da Huawei ao governo Chinês.
Valerie Niquet, um dos investigadores processados pela Huawei, afirma ter sido apanhado de surpresa pela medida.
A empresa entretanto já confirmou que os casos deram entrada em Tribunal no passado mês de Março, altura em que a empresa também começou a ser banida dos EUA por suspeitas de ligações ao governo chinês e por ser considerada uma ameaça para a segurança nacional.
Estas informações surgem numa altura delicada para a empresa, sobretudo quando foi aprovada em França uma legislação para o leilão das infraestruturas 5G no pais, que dá controlo ao governo de negar a participação de uma empresa caso existam suspeitas de poder vir a ser uma violação da segurança nacional.
O governo dos EUA tem vindo a pressionar a União Europeia e os seus parceiros para deixarem de lado a Huawei no desenvolvimento das suas redes 5G. Apesar de, em França, nada indicar que a empresa possa vir a ser banida, existe essa reserva caso o governo mude de ideias para o futuro. A Alemanha também já confirmou que vai permitir que a Huawei faça parte do mesmo leilão.
Por sua vez, o governo dos EUA já informou que irá deixar de fornecer informações de segurança a estes países caso a Huawei venha a ser a principal responsável pelas infraestruturas 5G nos mesmos.
De relembrar que a Huawei também já terá processado o governo dos EUA sobre o bloqueio aplicado à empresa e as alegações de espionagem. No entanto, avançar com o mesmo formato para meios de critica publica é uma nova forma de “ataque” a estas informações.
A Huawei afirma que não terá processado a TF1 e France 5, responsáveis pela transmissão das informações, por considerar que tal medida seria um ataque à liberdade de expressão.
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