Durante bastante tempo o desenvolvimento de novos sensores fotográficos passou por focar em reduzir o tamanho dos píxeis para colocar mais dentro do espaço disponível, além de reduzir o tamanho final dos sensores para colocar os mesmos em dispositivos mais pequenos. Mas a Sony agora pretende que eles também fiquem mais “inteligentes”.
A Sony revelou recentemente os seus dois novos sensores IMX500 e IMX501, os quais se destacam por contarem com processadores integrados de Inteligência Artificial. Estes sensores possuem 12.3 MP, mas contam com um processador dedicado para tarefas de IA, com o objetivo de analisar as cenas a serem capturadas em tempo real e melhorarem a qualidade final.
Estes géneros de chips podem ser utilizados para realizar pequenas tarefas de IA, como identificar uma cena ou objetos, sem que tenham de ser enviados dados diretamente para a cloud. Apesar de a tecnologia não ser nada de novo, integrar a mesma numa câmara poderá melhorar consideravelmente o futuro das fotografias, conforme refere também Mark Hanson, VP da Sony em entrevista ao portal Engadget.
Além disso, este género de abordagem garante mais privacidade para os utilizadores, útil numa altura em que o RGPD está bem presente junto das empresas e dos utilizadores em geral. Uma vez que todos os dados são processados localmente, nada privado das cenas é enviado para os serviços da Sony para análise.
Além disso, o processamento pode também ser feito em tempo real, enquanto que o uso da internet causa sempre alguns atrasos na identificação de conteúdos. Pode certamente permitir uma melhor identificação, mas ao mesmo tempo tem os seus pontos negativos para quem pretenda algo realmente “em tempo real”.
A empresa refere que os sensores IMX500 já começaram a ser enviados para alguns parceiros, pelo que brevemente podem começar a surgir no mercado os primeiros dispositivos a utilizarem o mesmo. Quando ao IMX501 espera-se que a sua disponibilização comece a ser realizada em Junho.
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