A recolha de dados pela Internet tem vindo a ser um tema bastante discutido nos últimos tempos, e não existem questões como grandes empresas da Internet recolhem o máximo de dados possíveis para tentar obter informações úteis e rentáveis para as mesmas.
Permanecer “anónimo” na internet é uma tarefa praticamente impossível, e um recente estudo realizado pela Mozilla comprova exatamente isso. De acordo com três investigadores da empresa, as entidades que referem realizar a recolha de dados “anónima” não fazem realmente isso, e que este termo deveria ser considerado um mito.
Uma vasta quantidade de empresas referem que recolhem dados dos serviços que fornecem, com o propósito de melhorarem os mesmos, mas que estes não podem ser utilizados para identificar os utilizadores de volta. No entanto, o estudo da Mozilla afirma que esta prática é quase impossível de se realizar, e que as empresas possuem sempre forma de associar os dados recolhidos aos utilizadores finais.
O estudo apontam que, devido às particularidade de cada utilizador, é possível criar um perfil de navegação para cada um mesmo que os dados recolhidos sejam anónimos. O estudo analisou um conjunto de participantes e o seu histórico de navegação online, chegando à conclusão que 97% dos mesmos possuem uma linha única de navegação que pode ser facilmente identificada.
A Mozilla recolheu mais de 35 milhões de visitas a sites de 660.000 domínios diferentes. Destes dados, os investigadores conseguiram criar um perfil para praticamente todos os participantes no estudo.
Com apenas 50 domínios analisados os investigadores conseguiram traçar um perfil com 50% de veracidade, sendo que este numero aumenta para quase 80% com apenas 150 domínios analisados. Portanto, mesmo que plataformas online afirmem que recolhem o mínimo de dados online, existem sempre formas de identificar o perfil de um utilizador por mais que este pretenda impedir isso de acontecer.
A Mozilla termina o estudo a aponta para o facto que, caso não exista uma forte reformulação no tratamento dos dados pela Internet, esta tendência apenas vai piorar durante os próximos anos.
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