A Huawei encontra-se finalmente a ver alguma luz no fundo do túnel no que respeita ao alivio dos bloqueios que foram sendo aplicados à empresa nos EUA.
Depois de quase um ano de problemas, a Qualcomm obteve as licenças necessárias para que possa continuar a fornecer chips à Huawei durante os próximos tempos, sem que sejam aplicadas sanções por parte do governo dos EUA. No entanto, apesar de dar algum liberdade para a Huawei, a medida também surge com alguns pontos negativos.
De acordo com o comunicado do porta-voz da Qualcomm à Reuters, a empresa obteve licenciamento para fornecer à Huawei chips e outras tecnologias baseadas em 4G. Ou seja, a empresa apenas pode fornecer conteúdos que sejam diretamente relacionados com tecnologias 4G – e não 5G, que é onde a maioria dos consumidores e empresas estão a voltar-se no mercado atual.
No final, esta medida pode ser vista como uma faca de dois gumes, já que a Huawei pode ter mais espaço para continuar a produzir smartphones com chips da Qualcomm, mas ao mesmo tempo apenas o pode fazer usando tecnologias 4G e não progredindo no mercado para o 5G.
De relembrar que Richard Yu, CEO da Huawei, já tinha revelado no passado que a linha de chips Kirin da empresa não tinha stock ilimitado, e as previsões apontavam que a empresa iria deixar de ter stock do mesmo para novas unidades em Maio de 2021. Além disso, o próprio executivo referiu que os chips lançados na linha Kirin em 2020 poderia ser os últimos da empresa a chegarem ao mercado.
É também importante referir que a Qualcomm tem vindo a tentar obter a licença para trabalhar com a Huawei faz vários meses, sempre sem sucesso. A medida agora aplicada será certamente um alivio para ambas as partes, embora ainda venha com alguns dos pontos negativos para a Huawei.
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