Depois do caso da NSO Group ter começado a ser investigado nos EUA, agora parece que as autoridades europeias também vão começar a aplicar medidas para investigar os possíveis dados recolhidos pelo spyware.
O Parlamento Europeu confirmou que vai iniciar a criação de uma nova comissão de inquérito, para investigar o caso do spyware Pegasus e como o mesmo terá sido usado para espiar entidades na União Europeia.
A comissão será responsável, sobretudo, por analisar se o spyware da NSO Group terá violado a legislação em vigor ou algum dos direitos dos cidadãos europeus. De notar que excitem algumas entidades europeias que foram conhecidas por terem sido afetadas pelo Pegasus, entre as quais se encontra Didier Reynders, comissário europeu para a Justiça.
O caso ganhou relevo na Europa depois de, esta semana, ter sido revelado que o governo de Espanha poderá ter usado o spyware para espiar alguns dos seus lideres entre 2017 e 2020. De acordo com um relatório da empresa Citizens Lab, entre os potenciais alvos desta campanha de espionagem encontram-se Pere Aragonês, atual presidente regional catalão, Quim Torra e Artur Mas, antigos presidentes regionais, e vários deputados europeus, deputados regionais e membros de organizações cívicas pró-independência.
Também os familiares do ex-presidente regional Carles Puigdemont, que em 2017 fugiu para a Bélgica para escapar a uma investigação no pais, terão sido afetados pelo spyware.
A investigação irá agora ser levada a cabo no Parlamento Europeu, sendo que os resultados da mesma estima-se que estejam concluídos no prazo de um ano.
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