Um grupo de investigadores revelou ter descoberto uma rede com mais de 11.000 domínios associados a esquemas de falsos investimentos, que se espalharam sobre várias países na Europa.
A rede levava os utilizadores a realizarem investimentos em diversas empresas, a partir das quais eram prometidos altos rendimentos em retorno. A rede foi descoberta por investigadores da empresa de segurança Group-IB, e segundo os mesmos, esta seria bastante sofisticada.
Os sites usados na campanha estavam traduzidos para vários idiomas diferentes, e quando as vítimas realmente colocavam dados sobre os mesmos, estes eram reencaminhados para os atacantes, que por sua vez realizavam chamadas de “suporte” para ajudar no investimento – e para também dar mais legitimidade aparente ao esquema.
Depois das vítimas se inscreverem nos supostos sites de investimentos, eram levadas a carregarem as suas contas com 250 euros. Caso tal medida fosse realizada, o site ia mantendo dados de atualização a indicar crescimento das receitas – obviamente falsas.
Quando os utilizadores pretendiam retirar o dinheiro das suas contas, eram informados que deviam fazer um novo carregamento para atingirem o limite para retirada, ou caso já estivessem nesse valor, as receitas depois não chegavam – altura em que as vítimas confirmavam então tratar-se de um esquema.
De notar que, neste processo, as vítimas eram ainda indicadas para introduzir dados de cartões de crédito como forma de realizarem o pagamento, dados que possivelmente passam também a ficar comprometidos.
Atualmente ainda existem mais de 5000 sites ativos sobre estes domínios, e com campanhas que estão a ser distribuídas em vários países, incluindo Portugal. A principal forma de distribuição das campanhas encontra-se sobre publicidade paga através de plataformas como o Facebook e TikTok.
Tendo em conta que ainda existem vários domínios ativos sobre este género de campanhas, será extremamente aconselhado que os utilizadores tenham cuidado com qualquer publicidade sobre investimentos ou situações similares, sobretudo que tenham origem de fontes desconhecidas ou plataformas que não sejam totalmente credenciadas.
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