O Facebook encontra-se a ser alvo de uma nova campanha de malware em publicidade, distribuída na plataforma por páginas e contas roubadas. Nesta campanha, são promovidos serviços de IA, nomeadamente acessos às plataformas da MidJourney, SORA da OpenAI e ao ChatGPT-5, com o objetivo de levar as vítimas a descarregarem potencial malware para os sistemas.
As campanhas propagam-se como publicidade dentro do Facebook, através de contas roubadas ou comprometidas, onde os utilizadores são aliciados para poderem usar as ferramentas de IA a custo zero. Para tal, apenas necessitam de descarregar o software de fontes externas – a maioria de sites de armazenamento cloud, como a Dropbox e Mega.
Para dar mais credibilidade à campanha, a publicidade pode não direcionar os utilizadores diretamente para o conteúdo malicioso, mas sim para grupos privados dentro do Facebook, onde são partilhados exemplos de conteúdos criados por IA. Junto a estes encontram-se os links onde se pode, alegadamente, descarregar os conteúdos.
Se as vítimas descarregarem os softwares para os seus sistemas, encontram-se a abrir portas a potenciais ataques, com o mesmo a descarregar diferentes malwares, desde ransomware a keyloggers, que roubam dados de login dos sistemas.
Num dos casos investigados pela empresa de segurança Bitdefender, a página do Facebook usada para a campanha maliciosa prometia acesso a ferramentas do Midjourney, sendo que possuía cerca de 1.2 milhões de seguidores. Esta encontrava-se ativa durante mais de um ano, sem que a Meta tenha aplicado medidas contra a mesma.
Acredita-se que os atacantes não tenham criado a página de raiz, mas sim obtiveram acesso à mesma, tendo alterado no processo para levar ao esquema.
A maioria dos conteúdos que são oferecidos para download, e que prometem o acesso às ferramentas de IA, encontram-se em ficheiros comprimidos, que estão protegidos com senhas para prevenir a verificação por parte de softwares de segurança.
Este género de campanhas encontram-se novamente ativas em peso, e embora algumas das páginas usadas para as mesmas tenham sido, entretanto, removidas, os autores do esquema encontram-se a criar e usar páginas com um volume elevado de seguidores para continuar a campanha.
Os utilizadores são aconselhados a terem atenção aos conteúdos que acedem pela internet, sobretudo quando estes são requeridos para tarefas duvidosas ou são provenientes de fontes pouco credíveis – ou envolvem passos adicionais, como os de introduzir senhas para acessos.
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