A Kaspersky, depois de ter sido banida dos EUA por alegadamente colocar em risco a segurança nacional, agora encontra-se a desafiar o governo dos EUA para comprovar o que é dito nas acusações do mesmo.
O Departamento de Comércio dos EUA decretou recentemente que iria banir o uso de produtos e serviços da Kaspersky dos EUA, alegando que os mesmos possuem sérios riscos para a segurança nacional. Em causa encontra-se as ligações que o governo afirma a empresa de segurança ter com a Rússia, de onde é originária.
Porém, do lado da Kaspersky, a entidade afirma que o bloqueio terá razões puramente políticas, e que não se baseia em qualquer prova de facto que existe um perigo para os cidadãos norte-americanos.
Para tal, a Kaspersky deixou recentemente um comunicado, onde se demonstra aberta a que a empresa seja investigada por uma entidade independente, que poderá ter acesso completo a todos os produtos da mesma, e onde pode avaliar o risco para a segurança dos EUA.
A empresa cita ainda a existência do programa “Global Transparency Initiative”, que a empresa lançou em 2017 como resposta ao bloqueio da empresa em dispositivos do governo dos EUA. De relembrar que o ponto que importa será que o governo dos EUA acusa a Kaspersky de usar os seus produtos para recolher informação para a Rússia e o governo desse pais.
A empresa de segurança encontra-se, assim, a abrir todo o código dos seus produtos, serviços e atualizações para que possa ser analisado por terceiros, de forma a validar o que é realmente realizado.
Apesar desta proposta da empresa de segurança, em comunicado, o governo dos EUA deixa claro que não aparenta encontrar-se interessado no mesmo. "A Kaspersky sustenta que a decisão do Departamento de Comércio dos EUA foi baseada no clima geopolítico e não na avaliação da integridade das soluções da empresa e priva os usuários e empresas dos EUA da melhor proteção da categoria", disse o comunicado.
De relembrar que, com esta medida, além de bloquear as vendas de produtos e serviços da empresa nos EUA, para novos e atuais clientes, quem tenha soluções de segurança da mesma também deixará de poder receber atualizações e bases de dados a partir de 29 de Setembro.
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