A OpenAI acaba de confirmar a chegada do seu novo modelo de IA, conhecido como o1. Este novo modelo chega com várias melhorias face à geração anterior de modelos da empresa, e promete algumas novas habilidades para o ChatGPT.
O o1 foi criado para conseguir manter habilidades de “raciocínio”, tornando-se ainda mais “real”. Este encontra-se criado para lidar com perguntas mais complexas e consideravelmente mais eficiente. A este junta-se ainda o modelo o1-mini, que será uma versão mais leve e acessível do mesmo.
Segundo o comunicado da OpenAI, o o1 marca um grande passo da empresa para criar um sistema de IA capaz de imitar o raciocínio humano. A nível prático, o novo modelo deve ser ainda mais avançado na criação de código, bem como na resposta a questões complexas. No entanto, o uso do mesmo é mais caro do que o modelo GPT-4o, e as respostas fornecidas pelo mesmo são também mais lentas.
Para a OpenAI, o o1 ainda se encontra a dar os primeiros passos, portanto deve ser visto como um teste em larga escala. Os utilizadores do ChatGPT Plus e Team terão acesso antecipado ao novo modelo já a partir de hoje. Os utilizadores em contas Enterprise e Edu terão acesso apenas durante a próxima semana.
Além disso, a empresa promete que irá fornecer acesso ao o1-mini de forma gratuita, para todos os utilizadores do ChatGPT, sendo que os mesmos terão a capacidade de alternar entre os modelos existentes. No entanto, não foram revelados detalhes de quando essa disponibilidade irá acontecer.
Para os programadores, o acesso ao o1 é bastante mais caro do que os restantes modelos. O o1-preview custa 15 dólares por 1 milhão de tokens de entrada, e 60 dólares por 1 milhão de tokens de saída. Para comparação, o GPT-4o possui o custo de cinco dólares por 1 milhão de tokens de entrada e 15 dólares por 1 milhão de tokens de saída.
A OpenAI justifica o preço mais elevado tendo em conta a forma como o o1 foi treinado. Este usa um algoritmo de treino completamente diferente do que existe em plataformas anteriores, e será consideravelmente mais extenso. A OpenAI usou sistemas que conseguem colocar o o1 a responder e resolver problemas de forma autônoma, sendo consideravelmente mais avançado nestas tarefas que os modelos antigos.
A empresa afirma ainda que o modelo é bastante mais preciso nas suas respostas, e com menos alucinações – embora esse problema não esteja totalmente resolvido, e ainda existe mesmo com este modelo.
As melhorias deste modelo face ao GPT-4o encontra-se na sua capacidade de resolver problemas matemáticos mais complexos, e de forma consideravelmente mais precisa, além de ter melhorias também na criação de código e programação, bem como a capacidade de ter um raciocínio próprio, que lhe permite aproximar do que se encontra em uma mente humana.
Porém, ainda existem vantagens para o GPT-4o. Por exemplo, o o1 não possui a capacidade de navegar pela internet, nem conta com informação sobre todos os acontecimentos mais recentes ou factuais – tendo em conta que o conhecimento do mesmo vai ficar sempre limitado aos conteúdos usados para o treino do modelo. Este também não é capaz de processar imagens ou ficheiros diversos.
Embora a OpenAI afirme que o modelo pode ter raciocínio e pensamento próprio, ainda se encontra longe de ser inteiramente comparável ao que surge na mente humana. É um passo para tal, mas a própria OpenAI afirma que essa ideia ainda se encontra longe de tornar uma realidade.
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