A CloudFlare, empresa que possui vários serviços focados em proteção e otimização de sites, confirmou ter mitigado um dos maiores ataques DDoS de que existe registo. O ataque teve, no seu pico, mais de 5.6 terabits de pacotes por segundo, tendo sido originário de uma rede botnet Mirai com 13 mil dispositivos comprometidos.
De acordo com o comunicado da entidade, o ataque aconteceu em 29 de Outubro de 2024, tendo como foco um fornecedor de serviços de internet na Ásia. O objetivo do mesmo passava por tentar colocar as plataformas desse ISP inacessíveis.
A Cloudflare afirma ainda que o ataque durou pouco mais de 80 segundos, mas que foi mitigado com sucesso e de forma automática pelos sistemas da empresa, sem mesmo notificar a entidade afetada.
Este formato de ataques têm vindo a ser cada vez mais regulares, sendo que aproveitam a capacidade de processamento e de dados de redes botnet alargadas, focando-se em alvos concretos para os deitarem abaixo.
A entidade afirma que os ataques com mais de 100 milhões de pacotes por segundo aumentaram mais de 175% durante o trimestre final de 2024, e que a tendência será de continuarem a aumentar para o futuro.
Apesar disso, este formato de ataques ainda tendem a ser relativamente poucos, contando apenas para 3% de todos os ataques DDoS registados. 63% ainda continuam a ser abaixo dos 50 mil pedidos por segundo.
Ao mesmo tempo, os ataques continuam a manter as tendência de serem relativamente curtos, com muitos a durarem menos de 10 minutos. No entanto, regista-se um aumento de ataques DDoS por ransomware, onde as entidades são afetadas pelos ataques depois de negarem o pagamento para evitarem tal situação.
Por fim, entre as entidades afetadas, a Cloudflare afirma que a grande maioria encontra-se no setor das telecomunicações, fornecedores de serviços e empresas da internet, bem como no marketing e publicidade.
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