A Apple encontra-se a ser acusada de realizar a prática de “greenwashing”, ao afirmar que alguns dos seus produtos são mais ecológicos e amigos do meio ambiente do que realmente são.
Em causa encontram-se vários modelos do Apple Watch, que a Apple afirma serem de carbono neutro, quando na realidade não atingem esse patamar. A ação foi apresentada por um grupo de queixosos nos EUA, durante o final do mês de Fevereiro, e encontra-se em representação de todos os utilizadores que tenham comprado um Apple Watch nos EUA.
O caso remota a 2023, quando a Apple revelou que algumas das suas capas e pulseiras para o Apple Watch Series 9, Apple Watch SE e Apple Watch Ultra seriam de carbono neutro, os primeiros da empresa a atingir esse patamar.
Com este marco, a Apple comprometia-se a reduzir as emissões da produção dos componentes, bem como a adquirir créditos de carbono para compensar a poluição criada pela produção dos mesmos.
No entanto, o grupo apresenta agora provas que dois dos projetos de onde a Apple terá obtido os créditos de carbono não oferecem reduções genuínas do mesmo, tornando as alegações da Apple enganosas. Estes projetos são o Chyulu Hills Carbon Project, no Quênia, e o Guinan Project, na China.
Estes dois projetos, que foram de onde a Apple adquiriu alguns dos seus créditos de carbono, não possuem as intenções corretas de implementação dos mesmos. E como tal, tornam as afirmações da Apple incorretas, e consequentemente, um meio de publicidade enganosa.
Os autores da ação apontam que não teriam comprado os produtos da Apple caso soubessem desta informação, e que foram enganados pelos títulos indicados pela Apple nos seus materiais de marketing.
Em resposta, a Apple nega as acusações, mantendo a indicação de que os produtos são realmente de carbono neutro, demonstrando-se ainda orgulhosa por atingir este marco com um dos seus produtos.
Este caso ainda se encontra em análise pelos tribunais, sendo desconhecido quando irá avançar em concreto.
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