No próximo dia 1 de maio, a Apple realizará a sua chamada de resultados trimestral para apresentar o desempenho financeiro da empresa referente ao segundo trimestre fiscal de 2025. Embora os analistas prevejam um aumento nas vendas em comparação com o ano anterior, o conhecido especialista da indústria, Mark Gurman, sugere na sua newsletter Power On que a conferência poderá ser tudo menos tranquila para o CEO, Tim Cook.
O ano corrente, ainda longe do fim, tem sido marcado por uma instabilidade considerável para diversas empresas tecnológicas, e a Apple não é exceção. As políticas tarifárias implementadas pela administração do presidente Donald Trump, vistas como inconsistentes por muitos, têm gerado um clima de volatilidade na indústria global. A Apple, tal como outras multinacionais, tem tentado navegar estas águas turbulentas da melhor forma possível.
Esforços da Apple para mitigar os impactos
Num esforço para proteger a empresa, Tim Cook manteve várias reuniões com o presidente norte-americano, procurando obter isenções tarifárias para os produtos da Apple. Além disso, a gigante tecnológica adiantou o transporte de inventário de iPhones para os Estados Unidos, numa tentativa de adiar ao máximo os efeitos das tarifas. Como medida adicional, a Apple está a transferir a produção de componentes destinados ao mercado americano para fora da China.
Contudo, estas ações parecem não ter sido suficientes para dissipar os receios dos investidores quanto ao futuro, algo que se reflete nas flutuações recentes do mercado de ações. Consequentemente, Tim Cook prepara-se para uma chamada de resultados que se antevê stressante.
Preocupações com tarifas e cadeia de abastecimento
Espera-se que o CEO da Apple seja confrontado com perguntas insistentes sobre o impacto das tarifas no negócio da empresa e que tenha de reafirmar aos investidores que a situação está sob controlo. Adicionalmente, as preocupações relativas à cadeia de abastecimento deverão marcar presença na discussão, e por bons motivos: fontes indicam que Tim Cook está apreensivo devido a problemas que afetam o inventário do futuro iPhone 17.
Problemas específicos com o iPhone 17
As dificuldades na cadeia de abastecimento estão a ter um impacto direto nos planos para o iPhone 17. A intenção da Apple seria equipar todos os modelos do iPhone 17 com 12 GB de memória RAM este ano. No entanto, as falhas no fornecimento poderão obrigar a empresa a manter o modelo base do iPhone 17 nos atuais 8 GB de RAM. A situação é agravada pelo facto de os modelos iPhone 17 Pro e Pro Max estarem programados para receber um redesign, ao mesmo tempo que a empresa desenvolve um novo modelo denominado iPhone 17 Air.
Os últimos meses têm sido, sem dúvida, desgastantes para Tim Cook, e a próxima chamada de resultados arrisca-se a aumentar ainda mais essa pressão. Resta a esperança de que estes desafios possam ser superados em breve e que se consiga alcançar um acordo tarifário mais estável e previsível.
Nenhum comentário
Seja o primeiro!