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Nos últimos doze meses, uma vasta operação de limpeza digital resultou na remoção de milhares de vídeos enganosos, anúncios fraudulentos e perfis falsos de diversas plataformas online na Austrália. Esta ação surge como resposta à crescente onda de desinformação que assola o espaço digital, com as gigantes tecnológicas a divulgar os seus esforços para mitigar o problema.

 

A ofensiva das gigantes tecnológicas contra a desinformação

 

De acordo com relatórios de transparência recentemente publicados ao abrigo do Código de Prática Australiano sobre Desinformação e Desinformação (um código voluntário), oito empresas de tecnologia detalharam as suas iniciativas. No entanto, algumas plataformas notáveis, como o X (anteriormente Twitter) e o Snapchat, optaram por não fornecer pormenores sobre as suas ações de combate a conteúdo fraudulento no país.

 

A divulgação destas estatísticas ocorre num momento de elevada preocupação com a disseminação de informações falsas online, especialmente com o advento de ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa e os receios da sua utilização na criação de deepfakes convincentes e anúncios políticos manipulados. Empresas norte-americanas como Google, Meta, Twitch, Apple e Microsoft estão entre as que apresentaram relatórios, abordando a identificação de alegações enganosas, salvaguardas para os utilizadores e a remoção de conteúdo.

 

TikTok e YouTube em força na remoção de vídeos

 

O TikTok revelou números impressionantes, indicando a remoção de mais de 8,4 milhões de vídeos da sua plataforma australiana ao longo de 2024. Deste vasto número:

 

  • Mais de 148.000 vídeos foram classificados como não autênticos.
  • Perto de 21.000 vídeos violavam as políticas da empresa relativas a "desinformação prejudicial". A empresa refere que, em média, 80% destes vídeos foram removidos antes de chegarem a ser visualizados pelos utilizadores.

 

Por sua vez, a Google informou que removeu mais de 5.100 vídeos do YouTube na Austrália identificados como enganosos. Este número insere-se num esforço global que viu a remoção de mais de 748.000 vídeos com desinformação em todo o mundo.

 

Meta combate anúncios falsos e conteúdo enganoso

 

A publicidade eleitoral também esteve na mira das plataformas na Austrália. A Google rejeitou mais de 42.000 anúncios políticos provenientes de anunciantes não verificados. A Meta, empresa-mãe do Facebook e Instagram, foi ainda mais longe:

 

  • Removeu mais de 95.000 anúncios por não cumprirem as suas políticas sobre questões sociais, eleições e política.
  • Eliminou mais de 14.000 anúncios na Austrália por violarem as regras de desinformação.
  • Retirou 350 publicações no Facebook e Instagram por desinformação.
  • Aplicou avisos em 6,9 milhões de publicações com base em artigos de parceiros de verificação de factos.

 

Ainda em janeiro, a Meta anunciou planos para terminar a verificação de factos nos EUA, indicando no seu relatório que iria "continuar a avaliar a aplicabilidade destas práticas" na Austrália.

 

IA generativa: nova ameaça, nova ferramenta de combate

 

Shaun Davies, revisor do código do Digital Industry Group, comentou que encontrar um equilíbrio entre permitir a partilha de conteúdo online e garantir que este não prejudica terceiros é uma "tarefa difícil". Sublinhou ainda que os relatórios demonstram o uso de ferramentas de IA por algumas empresas para sinalizar potenciais violações.

 

"Fiquei impressionado nos relatórios deste ano com exemplos de como a IA generativa está a ser aproveitada tanto para a criação como para a deteção de (des)informação", afirmou Davies. "Também me encoraja o facto de múltiplas iniciativas que tornam a proveniência do conteúdo gerado por IA mais visível para os utilizadores estarem a começar a dar frutos."

 

Outras plataformas também apresentam resultados

 

No seu relatório, a Microsoft revelou ter removido mais de 1.200 utilizadores do LinkedIn por partilharem desinformação. A Apple, por seu lado, identificou 2.700 queixas válidas contra 1.300 artigos noticiosos. Estes números, embora referentes à Austrália, espelham um esforço concertado das grandes tecnológicas para enfrentar um problema que não conhece fronteiras.




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