
A ByteDance, empresa-mãe do TikTok, estará a desenvolver uma nova versão da sua popular aplicação de vídeos curtos, destinada exclusivamente ao mercado dos Estados Unidos. A informação é avançada pelo The Information, que indica que o lançamento poderá ocorrer já no próximo dia 5 de setembro. Este plano surge como uma tentativa de cumprir a legislação norte-americana que ameaça proibir a plataforma no país.
Esta medida drástica fará com que os utilizadores nos EUA tenham de migrar para esta nova aplicação, com o nome de código interno "M2", para continuarem a aceder ao serviço. Consequentemente, a versão atual do TikTok, conhecida internamente como "M", seria removida das lojas de aplicações norte-americanas assim que a nova fosse lançada. Acredita-se que a aplicação original deixará de funcionar nos EUA em março do próximo ano, embora este prazo possa sofrer alterações.
Uma longa saga política e tecnológica
Este desenvolvimento é o mais recente capítulo na contínua batalha sobre o futuro do TikTok nos Estados Unidos. A controvérsia começou com uma lei assinada no ano passado pelo então presidente Joe Biden, que dava à ByteDance um prazo até 19 de janeiro para vender as suas operações nos EUA, sob pena de uma proibição total.
Contudo, a situação mudou de rumo com a chegada de Donald Trump à presidência. Logo após tomar posse a 20 de janeiro, Trump suspendeu a aplicação da lei, tendo já adiado a sua entrada em vigor por duas vezes. Atualmente, a data definida para a proibição entrar em efeito é 17 de setembro.
Venda iminente mas com aprovação incerta
No final de junho, o presidente Trump afirmou que já existia um comprador para as operações do TikTok nos EUA. Descreveu-o como um "grupo de pessoas muito ricas", cuja identidade seria revelada em breve.
Apesar do otimismo, a concretização do negócio enfrenta um obstáculo significativo: a necessária aprovação por parte do governo chinês, uma vez que a ByteDance é uma empresa sediada na China. O próprio Trump admitiu na passada sexta-feira "não estar confiante" na obtenção dessa luz verde. A complexidade da situação foi sublinhada esta segunda-feira, quando um porta-voz do governo chinês se esquivou a comentar as alegações de Trump, mantendo um véu de incerteza sobre o destino final da aplicação nos Estados Unidos.











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