
A Apple continua a elevar a fasquia no que toca ao preço dos seus equipamentos de topo. Com a apresentação da nova linha iPhone 17, a gigante de Cupertino estabeleceu um novo máximo, com o iPhone 17 Pro Max na sua configuração máxima a atingir os 1.999 dólares. Este valor, após conversão direta e aplicação de impostos, poderá facilmente traduzir-se num custo a rondar os 2.000 euros em Portugal.
Este valor representa um salto considerável face ao ano anterior. Para efeitos de comparação, o iPhone 16 Pro Max com 1TB de armazenamento foi lançado por 1.599 dólares, um preço que se mantém para a versão de 1TB do iPhone 17 Pro Max. O aumento expressivo está, portanto, associado à nova opção de 2TB de armazenamento.
Uma tendência de luxo que não abranda
Este movimento da Apple alimenta uma tendência crescente de "premiumização" no mercado de smartphones. Segundo a Counterpoint Research, a quota de mercado de telemóveis com preços superiores a 600 dólares aumentou de 15% em 2020 para 25% em 2024. O iPhone, sendo o primeiro a ultrapassar um preço médio de venda de 900 dólares, continua a ser o smartphone mais vendido no primeiro trimestre de 2025.
O que justifica um valor tão elevado?
A Apple procura justificar este preço com um leque de atualizações significativas, focadas principalmente na performance e nas capacidades de produção de vídeo, transformando o telemóvel numa autêntica ferramenta profissional.
Desempenho e autonomia reforçados
O novo iPhone 17 Pro Max vem equipado com o chip A19 Pro, que promete ser mais rápido e eficiente em termos energéticos. A isto junta-se um novo sistema de arrefecimento com câmara de vapor para garantir um desempenho de topo prolongado. A autonomia também foi melhorada, oferecendo agora até 39 horas de reprodução de vídeo com uma única carga, um aumento de seis horas face ao modelo anterior. O carregamento também está mais rápido, com um adaptador de 40W capaz de carregar 50% da bateria em apenas 20 minutos.

Um sistema de câmaras que quer rivalizar com o cinema
É no departamento fotográfico que se encontram as maiores novidades. O sistema de três câmaras traseiras passa a contar com sensores de 48MP em todas as lentes: principal, ultra grande angular e teleobjetiva. A nova teleobjetiva Fusion de 48MP possui um sensor 56% maior que o do iPhone 16 Pro Max, permitindo um zoom de qualidade ótica de 8x, equivalente a uma distância focal de 200mm.
A câmara frontal também foi atualizada para um sensor de 18MP com estabilização melhorada e a funcionalidade Center Stage, que mantém o utilizador no centro do enquadramento durante as videochamadas. Para os criadores de conteúdo, a Apple introduziu o Dual Capture, que permite gravar simultaneamente com as câmaras frontal e traseira em 4K Dolby Vision. A isto somam-se funcionalidades de vídeo profissional como o suporte para o codec ProRes RAW, Apple Log 2 e Genlock para sincronização de vídeo, que funcionam em conjunto com a aplicação Final Cut Camera 2.0.
Um telemóvel para profissionais, não para todos
É importante notar que todas estas funcionalidades de câmara estão disponíveis no modelo base do iPhone 17 Pro Max, que custa 1.199 dólares. O valor extra de 800 dólares para a versão de 2TB destina-se a um nicho muito específico: profissionais e criadores de conteúdo que gravam extensivamente em formatos como ProRes e ProRes RAW, onde poucos minutos de vídeo podem ocupar uma quantidade massiva de espaço.
Para o consumidor comum, que raramente utilizará estas funcionalidades avançadas, o investimento extra dificilmente se justifica. A Apple parece estar a posicionar o seu modelo de topo não apenas como um smartphone, mas como um dispositivo de produção de vídeo de bolso, com um preço que reflete essa ambição.










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