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hacker em frente de computador

Ainda faltam uns meses para o pontapé de saída do Mundial FIFA 2026, mas os cibercriminosos já estão em campo a preparar o terreno para uma fraude em larga escala. Uma nova investigação da Check Point Software revela que uma vasta infraestrutura digital, com milhares de domínios fraudulentos, está a ser construída para enganar adeptos, patrocinadores e até as cidades anfitriãs.

Um exército digital em formação

Embora a atenção do mundo do futebol ainda esteja noutros campeonatos, nos bastidores da internet, uma complexa "economia paralela de fraude online" está a ganhar forma. Desde 1 de agosto de 2025, os investigadores identificaram mais de 4.300 domínios registados com referências à FIFA, ao Mundial ou às cidades que vão acolher o evento.

O que mais alarmou os especialistas não foi o volume, mas a natureza coordenada da operação. Os domínios surgem em picos sincronizados, concentram-se num pequeno número de registadores e partilham a mesma infraestrutura, sugerindo que são gerados a partir de um plano comum. Isto indica que não se trata de uma atividade de fãs ou de oportunistas isolados, mas sim da construção deliberada de um arsenal digital à espera do momento certo para atacar.

As táticas dos cibercriminosos

A investigação da Check Point aponta para uma operação planeada ao pormenor, que utiliza várias táticas para maximizar o seu impacto. Foram observados picos de registo automatizados, com quase 1.500 domínios a serem criados em apenas cinco dias, entre 8 e 12 de agosto, um padrão que indica o uso de sistemas para aquisições em massa.

Os criminosos estão também a focar-se em alvos geográficos e linguísticos específicos para aumentar a credibilidade e o alcance. Registam domínios com referências diretas aos países anfitriões (EUA, México e Canadá) e a cidades como Dallas, Miami ou Toronto. A nível de idioma, o inglês domina as plataformas de alcance global, enquanto o espanhol e o português são usados para fraudes de bilhetes e merchandising destinadas à América Latina.

Numa tática mais subtil, conhecida como "domain aging", os operadores registam domínios não só para 2026, mas também para os Mundiais de 2030 e 2034. Estes sites permanecem inativos para ganhar uma aparência de legitimidade ao longo do tempo, sendo ativados apenas quando os eventos se aproximam.

Múltiplas ameaças no horizonte

Esta infraestrutura está a ser montada para lançar vários tipos de ataques. A maioria dos domínios prepara-se para vender bilhetes falsos, oferecer transmissões ilegais que instalam malware e vender produtos contrafeitos. Embora os sites de streaming sejam mais comuns, os que se focam em bilhetes representam um risco financeiro muito maior para cada vítima.

A ameaça mais séria, no entanto, visa a própria infraestrutura da FIFA. Há indícios de que estão a ser preparadas botnets para sobrecarregar as filas de espera oficiais, comprar grandes quantidades de bilhetes para revenda a preços inflacionados e manipular os algoritmos de preços dinâmicos, prejudicando os adeptos legítimos. A fraude já está a ser promovida em canais do Telegram e em fóruns na dark web, onde são vendidos não só bilhetes falsos, mas também ferramentas para que outros criminosos possam executar os seus próprios golpes.

Como se proteger da fraude do Mundial 2026

A Check Point sublinha que a prevenção destas ameaças deve começar agora. Para os adeptos, a consciencialização é a principal defesa. É fundamental comprar bilhetes apenas através dos canais oficiais divulgados pela FIFA, verificando sempre o site oficial do evento.

Desconfie de promessas de bilhetes garantidos ou de descontos exagerados, pois são quase sempre um sinal de fraude. Verifique sempre se existem erros ortográficos subtis nos URLs dos sites e tenha cuidado com links suspeitos em emails sobre "Fan ID" ou "atualizações de calendário", que são iscos comuns de phishing. A conclusão é clara: o Mundial FIFA 2026 deve ser lembrado pelo espetáculo em campo, e não por esquemas fraudulentos que podem custar caro a milhões de adeptos.




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