
A Europa precisa de carregar no acelerador no que toca à condução autónoma. O aviso foi deixado por Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, que desafiou o continente a criar uma rede de cidades europeias dedicada ao desenvolvimento e teste de veículos autónomos, de forma a não perder o comboio da inovação para os Estados Unidos e a China.
O recado de Turim para a indústria europeia
O apelo foi feito esta sexta-feira durante a "Italian Tech Week", em Turim, onde a líder europeia sublinhou a urgência de uma resposta continental. Para a presidente, não há tempo a perder, uma vez que a tecnologia já é uma realidade noutras partes do globo. "Os automóveis autónomos já são uma realidade nos Estados Unidos e na China. O mesmo deveria ser verdade aqui na Europa", afirmou de forma clara.
A ideia é usar a Inteligência Artificial (IA) como um catalisador para revitalizar um setor automóvel europeu que enfrenta dificuldades, ao mesmo tempo que se aposta na melhoria da segurança rodoviária.
Inteligência Artificial como motor de segurança e inovação
Von der Leyen acredita que a Inteligência Artificial é a chave não só para a competitividade, mas também para estradas mais seguras, reforçando que uma abordagem "IA em primeiro lugar" significa também "segurança em primeiro lugar".
Mas os benefícios não se ficam por aqui. A presidente da Comissão Europeia destacou ainda o potencial da IA para diminuir o congestionamento do trânsito, uma dor de cabeça em muitas cidades europeias, e para conectar zonas mais remotas a redes de transporte público, melhorando a mobilidade de todos. Além disso, vê nesta aposta tecnológica uma forma de preservar os postos de trabalho no setor automóvel.
"Made in Europe": a estratégia para o futuro
Esta iniciativa surge num momento crucial, em que Bruxelas procura ativamente formas de reforçar a competitividade industrial do bloco, que tem lutado para acompanhar o ritmo de desenvolvimento tecnológico de potências como a China e os Estados Unidos.
Nesse sentido, Ursula von der Leyen garantiu que Bruxelas irá apoiar o desenvolvimento de veículos "produzidos na Europa, e para as ruas europeias". A mensagem final foi inequívoca, servindo como um roteiro para a indústria: "o futuro dos automóveis – e os automóveis do futuro – devem ser produzidos na Europa". Em suma, o repto está lançado para que a inovação sobre rodas tenha uma forte marca europeia.










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