
A China prepara-se para aplicar novas sanções que podem abalar a indústria global de semicondutores, visando o corte na exportação de terras raras. A medida poderá dar a Pequim o poder de decidir o destino dos chips produzidos por gigantes como a TSMC, Samsung e SK Hynix.
De acordo com informações avançadas pela Reuters, a nova regulamentação exige que as empresas envolvidas no processamento destes materiais, essenciais para o fabrico de chips, obtenham licenças especiais de exportação. Na prática, isto significa que fabricantes de semicondutores, como a gigante taiwanesa TSMC e as sul-coreanas SK Hynix e Samsung, necessitarão de uma autorização do governo chinês para vender os seus componentes a nível mundial.
Esta política, que entra em vigor a 8 de novembro, gerou uma resposta imediata por parte do governo dos Estados Unidos. A medida não só afeta diretamente empresas norte-americanas de renome como a NVIDIA, Apple e Qualcomm, como também representa uma ameaça para a indústria de defesa do país, que depende de chips avançados para o fabrico de drones, mísseis e aviões de combate.
Numa reação forte, o presidente Donald Trump anunciou na passada sexta-feira que a Casa Branca irá impor uma taxa de 100% sobre todos os produtos chineses importados pelos EUA. O grande trunfo da China reside no processamento de terras raras, sendo responsável por beneficiar cerca de 90% de toda a produção mundial. Isto significa que, mesmo que os EUA consigam extrair estes materiais noutros locais, continuam a depender da tecnologia chinesa para os transformar em componentes utilizáveis pela indústria tecnológica.
Apesar da escalada de tensão, o Ministério da Economia de Taiwan veio a público esclarecer que, para já, as empresas locais como a TSMC não serão afetadas. Segundo o organismo, as terras raras específicas utilizadas no fabrico de semicondutores ainda não foram incluídas nas novas medidas de controlo de exportação da China. Do lado de Pequim, mantém-se o silêncio perante a retaliação anunciada por Donald Trump.











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