A novela em torno da recente fuga de dados do Discord ganha novos contornos. A 5CA, empresa de apoio ao cliente contratada pelo Discord, emitiu um comunicado a contradizer as alegações de que teria sido a origem do ataque informático que expôs os dados de milhares de utilizadores.
No início de outubro, o Discord revelou ter sofrido uma violação de dados que incluía um "pequeno número" de documentos de identificação governamentais, como cartas de condução e passaportes, submetidos por utilizadores para verificação de idade. Dias depois, a plataforma de comunicação atualizou a sua declaração sobre o incidente, nomeando a 5CA como o alvo do ataque e especificando que o "pequeno número" correspondia a cerca de 70.000 utilizadores afetados.
A 5CA nega responsabilidades
Agora, a 5CA vem a público refutar categoricamente estas acusações. "Estamos cientes dos relatos na comunicação social que nomeiam a 5CA como a causa de uma violação de dados envolvendo um dos nossos clientes. Ao contrário desses relatos, podemos confirmar que nenhum dos sistemas da 5CA esteve envolvido", afirma a empresa num comunicado oficial.
A empresa de apoio ao cliente vai mais longe, afirmando que "não tratou de quaisquer documentos de identificação emitidos pelo governo para este cliente" e que "todas as nossas plataformas e sistemas permanecem seguros". A 5CA declara explicitamente que "o incidente ocorreu fora dos nossos sistemas e que a 5CA não foi hackeada".
Segundo a 5CA, uma investigação preliminar sugere que o incidente pode ter sido resultado de um "erro humano", embora não forneça mais detalhes sobre o que isso implica.
Hackers dão a sua versão
Esta declaração surge depois de os hackers que reivindicaram a responsabilidade pelo ataque terem afirmado, em entrevista ao BleepingComputer, que obtiveram acesso à conta Zendesk do Discord durante 58 horas, no dia 20 de setembro. O grupo alega que conseguiu entrar através de credenciais de acesso comprometidas, pertencentes a um agente de suporte de uma empresa terceira.
Até ao momento, o Discord ainda não respondeu publicamente às declarações da 5CA, deixando no ar a questão sobre a verdadeira origem da falha que expôs os dados de 70.000 dos seus utilizadores.
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