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ciência por detrás do cêrebro

Os traços de personalidade associados aos psicopatas — como níveis elevados de narcisismo, charme manipulador e uma notória falta de compaixão pelos outros — há muito que intrigam as vítimas e os cientistas. Afinal, o que torna alguém assim? Curiosamente, os humanos não são os únicos que podem exibir estes traços; a IA treinada com código defeituoso também pode desenvolver "distúrbios" de personalidade.

Agora, uma nova investigação pode ter encontrado uma diferença biológica fundamental no cérebro humano que distingue os psicopatas: um volume estriatal (do corpo estriado) significativamente maior.

O cérebro 9% maior

O corpo estriado (corpus striatum) é a área do cérebro que ajuda a ligar a motivação ao movimento, permitindo-nos transformar pensamentos ou objetivos em ações concretas. Desempenha também um papel vital na tomada de decisões, na avaliação de recompensas e no comportamento social.

Um novo estudo, que juntou investigadores da Universidade Tecnológica de Nanyang (Singapura), da Universidade da Pensilvânia e da Universidade Estadual da Califórnia (Long Beach), utilizou imagiologia cerebral para analisar esta área. A descoberta foi clara: os indivíduos com traços de psicopatia apresentavam um aumento de 9% no tamanho do corpo estriado.

Uma nova abordagem à investigação

A investigação, publicada no Journal of Psychiatric Research, analisou os cérebros de 120 indivíduos (108 homens e 12 mulheres) na área da Grande Los Angeles. Um ponto crucial foi a origem da amostra: ao contrário de muitos estudos anteriores que se focavam em reclusos ou pessoas institucionalizadas, estes participantes foram recrutados na população geral.

A equipa foi meticulosa. Antes de validar os 9%, controlaram variáveis que poderiam influenciar os resultados, como a idade, a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), o uso de substâncias, adversidades sociais e o tamanho geral do cérebro. Fatores como a raça ou lesões cranianas passadas não se revelaram ter influência.

Esta metodologia robusta permitiu aos investigadores corrigir falhas de estudos passados e confirmar a ligação entre um corpo estriado maior e os traços psicopáticos, algo que investigações anteriores não tinham conseguido replicar consistentemente.

Da biologia ao tratamento

Os investigadores sugerem que este volume aumentado pode estar diretamente ligado a comportamentos de impulsividade e à busca incessante por excitação e emoções fortes, traços centrais da psicopatia.

Esta descoberta biológica pode ter implicações diretas no tratamento. Embora o termo "psicopata" não seja um diagnóstico clínico formal, os comportamentos associados (como comportamento antissocial, agressividade e narcisismo) são tratados clinicamente, muitas vezes com terapia cognitivo-comportamental e medicação (como antipsicóticos ou estabilizadores de humor). Compreender a base neurológica pode, em teoria, levar a tratamentos mais direcionados.

Além disso, os autores do estudo salientam que a biologia é herdada. O tamanho do corpo estriado pode ser transmitido entre gerações, o que apoia teorias neurodesenvolvimentais de que algumas pessoas já nascem com uma desvantagem biológica que as predispõe a estas tendências.




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