
O ecossistema de gestão de conteúdos open-source acaba de receber uma atualização significativa que promete acelerar a web. O lançamento do Drupal 11.3 destaca-se por introduzir as melhorias de desempenho mais substanciais dos últimos dez anos, focando-se na eficiência do backend e numa experiência de frontend mais leve, conforme detalhado no anúncio oficial.
Uma revolução na velocidade e adoção do HTMX
A grande manchete desta atualização reside na otimização profunda do sistema. A equipa de desenvolvimento conseguiu reduzir drasticamente o número de consultas à base de dados e operações de cache, um benefício que se faz sentir tanto em caches "frias" (primeiro acesso) como "quentes" (acessos subsequentes). As camadas de renderização e de cache fundem agora a atividade da base de dados com a da cache, o que beneficia particularmente o carregamento de entidades e path aliases.
No entanto, as novidades não se ficam pelos bastidores. O frontend sofreu alterações importantes, com a tecnologia HTMX a tornar-se uma funcionalidade do núcleo (core). O sistema BigPipe, responsável pelo carregamento dinâmico de partes da página, passa a utilizar HTMX. Na prática, isto traduz-se em menos JavaScript para processar e tempos de carregamento de página visivelmente mais rápidos para os visitantes dos sites. Esta integração permite aos programadores aproveitar as capacidades modernas de JavaScript sem dependências pesadas.
Navegação estável e ferramentas melhoradas para editores
Para além da performance bruta, a usabilidade foi refinada. O módulo Navigation atingiu finalmente a versão estável, substituindo a antiga Toolbar por uma experiência de navegação mais contemporânea e intuitiva para quem gere os sites. Os editores de conteúdo também ganham novas capacidades no CKEditor, que agora permite criar ligações para conteúdo interno do site através de menus suspensos e autocompletar, além de oferecer opções simplificadas para a formatação de listas.
Do lado do desenvolvimento, o fluxo de trabalho foi modernizado. Os temas passam a suportar o sistema de atributos #[Hook()], que anteriormente era exclusivo dos módulos, permitindo um código mais limpo e fácil de manter. O núcleo do sistema inclui agora uma ferramenta de linha de comandos para exportar conteúdo num formato padronizado (inspirado no módulo Default Content). Por fim, para quem gosta de testar novas configurações de backend, foi incluído um novo driver de base de dados MySQLi em fase experimental.










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