Mensagens anteriores

A Apple continua empenhada em diversificar a sua cadeia de fornecimento global, procurando reduzir a dependência de localizações únicas e otimizar custos. A gigante de Cupertino parece estar a preparar-se para dar um passo significativo na sua estratégia de manufatura, com planos para iniciar a montagem de chips para os seus dispositivos em território indiano.

De acordo com as informações mais recentes avançadas pelo GSMArena, a empresa liderada por Tim Cook encontra-se em negociações avançadas com a CG Semi para concretizar esta operação.

Uma nova etapa na produção fora da China

A estratégia da empresa passa por descentralizar a produção, que historicamente tem estado muito concentrada na China. Apesar das pressões políticas nos EUA, nomeadamente as solicitações do Presidente Donald Trump para trazer a produção para solo americano, a tecnológica continua a explorar mercados externos que garantam viabilidade económica e estabilidade de preços para o consumidor final.

O alvo desta nova parceria é uma unidade fabril da CG Semi localizada em Gujarat. Atualmente, esta instalação funciona como uma unidade de testes, mas a Apple pretende transformá-la num ponto nevrálgico para a montagem e empacotamento de semicondutores. Esta movimentação representa um marco importante, visto que, embora a Índia já seja um parceiro na montagem final de dispositivos, a produção de componentes de hardware tão específicos é uma novidade na relação comercial entre a marca e o país.

Foco nos componentes de ecrã

Segundo os relatórios, a prioridade inicial desta colaboração será a montagem de chips relacionados com os ecrãs dos dispositivos. Esta escolha parece estratégica, especialmente considerando que se prevê uma revolução nos displays do iPad e do iPhone num futuro próximo, possivelmente por volta de 2026. Com a introdução de tecnologias de visualização mais avançadas, a procura por estes componentes específicos deverá aumentar substancialmente.

No entanto, para que o acordo seja finalizado e a produção arranque em pleno, a fábrica terá de provar que consegue cumprir os rigorosos padrões de qualidade exigidos pela marca da maçã. A empresa é conhecida por não facilitar nos requisitos técnicos, sendo a garantia de qualidade um fator decisivo para a aprovação de qualquer novo fornecedor na sua complexa cadeia logística.