Um caçador de endereços está a pedir 3900 euros pela venda de JoseSaramago.com. Não é caso único: Ao contrário de Ronaldo e Maradona, as páginas de Camões e Pessoa não fazem justiça aos nomes.
Basta fazer uma vista a JoseSaramago.com para deparar com o anúncio em cores berrantes: "este domínio está à venda". Nenhuma outra referência é feita ao escritor ou à obra - apenas se vê um pedido de desculpas pelo site estar fechado, um ícone que parece saído de um conto de fadas e dois contactos para os potenciais compradores.
E foram precisamente esses dois contactos que a Exame Informática usou para descobrir o preço do endereço JoseSaramago.com.
Depois de alguns telefonemas frustrados para um número com o indicativo da Coreia do Sul, eis que chega a resposta por e-mail, num texto em inglês, com contornos de mensagem formatada, que só muda nos detalhes que dizem respeito a cada negócio ou endereço.
Na mensagem eletrónica, o caçador de endereços refere que o domínio JoseSaramago.com pertence "a um cliente" que aceitou "vendê-lo por 3900 euros".
"Se quiser, podemos fazer a transferência deste domínio numa semana. Se decidir já, podemos reservar este endereço antes de qualquer outra pessoa. Esta é uma oferta especial e é válida apenas até 5 de Outubro", conclui o texto.
O e-mail é assinado por P_Y Kim, que se intitula de diretor(a)-geral da Linecom, uma empresa que coleciona (e vende) milhares de endereços comercialmente apetecíveis para os falantes da língua inglesa, mas que não enjeitou a possibilidade de faturar com o crescendo de popularidade provocado pela morte de José Saramago.
É difícil acreditar que José Saramago, escritor que embarcou no espaço virtual através de um blogue e que sempre abominou a exploração do homem, aceitasse de ânimo leve o facto de um caçador de endereços tentar lucrar com o seu nome - mas a verdade é que o autor de "Memorial do Convento" é apenas um entre vários nomes das letras nacionais e internacionais que figuram nas coleções de endereços sequestrados com propósitos lucrativos.
Basta fazer uma vista a JoseSaramago.com para deparar com o anúncio em cores berrantes: "este domínio está à venda". Nenhuma outra referência é feita ao escritor ou à obra - apenas se vê um pedido de desculpas pelo site estar fechado, um ícone que parece saído de um conto de fadas e dois contactos para os potenciais compradores.
E foram precisamente esses dois contactos que a Exame Informática usou para descobrir o preço do endereço JoseSaramago.com.
Depois de alguns telefonemas frustrados para um número com o indicativo da Coreia do Sul, eis que chega a resposta por e-mail, num texto em inglês, com contornos de mensagem formatada, que só muda nos detalhes que dizem respeito a cada negócio ou endereço.
Na mensagem eletrónica, o caçador de endereços refere que o domínio JoseSaramago.com pertence "a um cliente" que aceitou "vendê-lo por 3900 euros".
"Se quiser, podemos fazer a transferência deste domínio numa semana. Se decidir já, podemos reservar este endereço antes de qualquer outra pessoa. Esta é uma oferta especial e é válida apenas até 5 de Outubro", conclui o texto.
O e-mail é assinado por P_Y Kim, que se intitula de diretor(a)-geral da Linecom, uma empresa que coleciona (e vende) milhares de endereços comercialmente apetecíveis para os falantes da língua inglesa, mas que não enjeitou a possibilidade de faturar com o crescendo de popularidade provocado pela morte de José Saramago.
É difícil acreditar que José Saramago, escritor que embarcou no espaço virtual através de um blogue e que sempre abominou a exploração do homem, aceitasse de ânimo leve o facto de um caçador de endereços tentar lucrar com o seu nome - mas a verdade é que o autor de "Memorial do Convento" é apenas um entre vários nomes das letras nacionais e internacionais que figuram nas coleções de endereços sequestrados com propósitos lucrativos.
Fonte: Exame Informática