O ano de 2018 não foi certamente um dos melhores para o Facebook, mas os problemas ainda parecem longe de terminar. Recentemente foram apreendidos vários documentos internos confidenciais do Facebook, por parte do Parlamento do Reino Unido, durante a viagem de um executivo no pais.
Ted Kramer, criador da empresa Six4Three e responsável por uma ação em tribunal contra o Facebook, teve vários dos seus documentos apreendidos pelas autoridades do Reino Unido. Entre estes encontram-se informações sobre o caso onde o empresário acusa a rede social de ter sido negligente face ao tratamento da privacidade dos utilizadores durante o escândalo da Cambridge Analytica.
O executivo, de acordo com as informações oficiais das autoridades, terá sido acompanhado até ao Parlamento para fornecer os documentos, sobre ameaça de multas e pena de prisão caso não colaborasse. De sublinhar que, nos EUA, o caso encontra-se em sigilo, o que terá levado já o Facebook a condenar a ação e reclamar que todas as informações sejam devolvidas.
Estes documentos podem conter diversas informações confidencias sobre a rede social, incluindo formas como esta lidou com o caso da recolha massiva de dados pessoais da sua plataforma, entre outros detalhes que tornados públicos podem colocar a empresa em mais problemas.
Os documentos em questão foram obtidos de forma legar por Kramer, tendo em conta que numa intervenção judicial ambas as partes podem obter provas uma sobre a outra.
Damian Collins, congressista britânico que é responsável pela equipa que apreendeu os documentos, afirma que a recolha fora do vulgar destes documentos foi realizada para tentar solucionar um problema igualmente fora do comum. Em entrevista ao The Guardian, o congressista afirma que o Facebook negou a divulgação de informações acerca do caso que poderiam ter interesse para o público em geral, forçando as autoridades locais a agirem.
Esta situação acontece também numa altura em que o Parlamento do Reino Unido realiza uma nova intervenção para debater questões relacionadas com a plataforma, sobretudo com a propagação de noticias falsas na mesma.
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