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Faceapp

 

Ao longo da última semana, a aplicação FaceApp tem vindo a surgir no topo das tabelas de downloads. A aplicação possui uma promessa simples: transformar completamente o rosto dos utilizadores em versões de si mesmo mais jovens ou velhos.

 

Sem dúvida que a diversão está garantida com esta app, mas rapidamente começaram a surgir também os primeiros problemas relacionados com a privacidade de todos os utilizadores. No seu auge, a aplicação esteve a ser utilizada por milhares de pessoas, incluindo personalidades famosas e reconhecidas internacionalmente, mas sem grandes preocupações relativamente à recolha de dados que é realizada em segundo plano.

 

Quando um utilizador envia uma foto para a aplicação do FaceApp, essa imagem e os derivados da mesma passam a ficar armazenados nos servidores da empresa russa responsável pela aplicação – e podem ser utilizados para qualquer fim que a empresa pretenda, sem período explícito para eliminação.

Apesar de muitos terem conhecimento sobre esta recolha de dados, ainda assim a aplicação continua a ser utilizada de forma massiva, até mesmo por utilizadores que se consideravam apologistas da privacidade digital.

 

faceapp funcionamento

 

O FaceApp é um excelente exemplo que, por muitas medidas para aumentar a privacidade online que sejam tomadas, existem sempre formas de contornar estas restrições. Seja por leis ou bloqueios específicos, as empresas vão sempre encontrar formas de contornar os métodos para recolherem o máximo de informação possível sobre os seus utilizadores, e utilizarem esses dados para os mais variados fins – a grande maioria relacionados com privacidade.

 

Apesar de todos os alertas que recorrentemente surgem sobre os cuidados para garantir a privacidade online, a grande maioria dos utilizadores ainda continua a instalar tudo o que apareça, desde que tenha sido divulgado por alguma entidade com reputação ou fontes reconhecidas – como atores e famosos.

Se estes utilizam, a maioria considera que a marca/nome é associada com algo benigno e que não realiza nenhuma pratica maliciosa.

 

Apesar de os dados recolhidos pelo FaceApp não serem propriamente utilizados para fins maliciosos, os utilizadores estão a dar à empresa toda a informação que seja processada pela app – além de identificadores adicionais, como o dispositivo utilizado e até uma parte do histórico de navegação. A maioria não sabe que está a fornecer esta informação à empresa, e apenas utiliza a app pelo que esta promete: criar filtros divertidos para partilhar com amigos.

 

Em segundo plano, a maioria desconhece que os seus rostos e outras informações podem estar a ser recolhidos para uso posterior ou futuro, além de poderem também ser vendidos a terceiros e empresas de marketing.

 

marketing recolha de dados

 

A mesma situação acontece quando os utilizadores aceitam os termos de serviço de uma determinada aplicação. A grande maioria não lê todos os pontos no momento em que instala uma aplicação em qualquer sistema operativo, limitando-se a aceitar os mesmos e prosseguir. Mas com apps para dispositivos moveis a tarefa torna-se consideravelmente mais danosa, tendo em conta toda a informação que se encontra nos smartphones nos dias de hoje e que pode ser aproveitada por terceiros para outros fins.

 

É importante sublinhar que este género de recolha de informações não é exclusivo da FaceApp, sendo que praticamente todas as aplicações fornecidas gratuitamente realizam algum género de recolha de dados dos dispositivos onde se encontram. Até apps como as do Facebook, Twitter e Instagram recolhem informação dos utilizadores e dispositivos para personalizarem a experiência dos utilizadores dentro das plataformas.

 

O mais grave neste caso encontra-se no facto de os dados recolhidos serem depois processados por uma empresa com sede na Rússia – além de que permanecem com informações como o rosto dos utilizadores por um período ilimitado de tempo – e que podem fazer o que bem entenderem com essa informação.

 

Como sempre, o mais aconselhado para os utilizadores passa por verificarem atentamente as politicas de privacidade de uma aplicação, ou limitarem a recolha de dados que é feita dos equipamentos sempre que possível – por exemplo, negando acesso a determinadas permissões do Android quando estas não sejam requeridas para o funcionamento da aplicação base.

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