De acordo com um recente estudo realizado pelo Wall Street Journal, a Apple encontra-se a ser acusada de favorecer as suas próprias apps dentro da App Store, em deterioramento de outras criadas por terceiros – sobretudo quando são associadas com aplicações de empresas rivais.
De acordo com os estudos, quando é realizada uma pesquisa na App Store, os utilizadores podem verificar mais facilmente aplicações da própria Apple invés de outras que seriam mais relevantes. A Apple já respondeu às acusações, indicando que as mesmas não acontecem sobre a sua loja App Store.
A investigação aponta que, em 60% das categorias de aplicações na App Store, as apps da Apple surgem sempre em primeiro lugar. Além disso, em outras categorias – como mapas, livros e música – as aplicações da Apple podem ser menos populares dentro dessas categorias, mas continuam a surgir no topo dos resultados de pesquisa.
Este favorecimento das apps dedicadas da empresa leva a vantagens diretas para a Apple, onde os utilizadores podem ser incentivados a utilizarem as apps e serviços da empresa – dando assim pagamentos à mesma – invés de a terceiros. Por exemplo, a aplicação do Apple Music costuma surgir no topo dos resultados quando se realiza pesquisas dentro da App Store, em deterioramento do Spotify ou Youtube Music, que fornecem serviços similares mas não são diretamente associados com a empresa.
Em resposta, a Apple afirma que os utilizadores da App Store são mais dedicados às próprias aplicações da Apple por se encontrarem dentro do ecossistema da empresa, o que pode influenciar a forma como os resultados são apresentados no final. Como todas as pesquisas são feitas sobre dispositivos da empresa, isso pode levar a que mais utilizadores prefiram também as soluções da mesma invés das de terceiros.
A empresa também se defende afirmando que todas as pesquisas feitas na App Store são englobadas no mesmo algoritmo, que vai de encontro às tendências e preferências dos consumidores. Este engloba todas as app dentro da loja virtual da empresa, e todas recebem o mesmo tratamento neste ponto.
A empresa não revela publicamente quais os pontos principais deste algoritmo, mas indica que existem mais de 42 pontos que são verificados para a recomendação de apps dentro da loja, incluindo o número de downloads, instalações, avaliações, comportamento dos utilizadores dentro das apps, entre outros.
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