Malware xHelper para Android pode resistir até à reinstalação do sistema

Todos os dias surgem novos tipos de malware para Android, e a tendência tem vindo a ser crescente nos últimos tempos – sobretudo derivado da popularidade do sistema no mercado também.

Os criminosos procuram sempre formas dos seus malwares afetarem o máximo de dispositivos possíveis, e tentam novos métodos para “escapar” a serem eliminados dos mesmos. Isto é o exemplo de um malware recentemente revelado, que pode ser reinstalado mesmo que os utilizadores formatem os equipamentos.

Apelidado de xHelper, este malware não é propriamente novo. Foi inicialmente descoberto no final do ano passado, mas desde então a analise do mesmo tem vindo a demonstrar que este pode ser mais grave do que inicialmente se imaginava.

De acordo com a empresa de segurança Malwarebytes, os investigadores detetaram que o malware é capaz de se reinstalar no sistema poucas horas depois de ser manualmente eliminado. Ou seja, se a origem do mesmo for removido, o malware ainda consegue voltar a reinstalar-se no sistema poucas horas depois.

A piorar a situação, o malware é capaz de se reinstalar mesmo que o sistema seja reinstalado de origem. Os investigadores ainda não conseguiram detetar exatamente o método sobre como o malware se encontra a instalar no sistema com a reinstalação completa do mesmo, mas acredita-se que possa estar relacionado com a conta da Google.

Segundo a empresa de segurança, o malware pode estar a deixar programas de instalação em áreas fundamentais do Android, que são normalmente acessíveis apenas para restauro do mesmo e partilham os dados com a Google e a Play Store. Quando o utilizador tenta realizar o restauro do dispositivo, e tendo em conta que esses ficheiros foram também enviados para as suas contas da Google ligadas no dispositivo, vão ser automaticamente instalados.

Até ao momento ainda não existe uma forma clara de remover este malware dos sistemas, mas sem duvida que será um dos géneros de malware para android mais resistentes, e ainda deve dar muitas dores de cabeça aos investigadores – sobretudo se começar a expandir-se para mais dispositivos.