Recentemente várias empresas realizaram um boicote publicitário contra o Facebook, derivado da sua falta de ação contra mensagens de ódio – numa altura em que várias mensagens do presidente Donald Trump tinham sido bloqueadas no Twitter por violarem os termos da plataforma e serem marcadas como conteúdos de ódio.
Na altura o Facebook foi alvo de críticas por não aplicar medidas sobre as mesmas mensagens, o que levou a grandes marcas no mercado a aplicarem um boicote às suas publicidades na plataforma. No entanto, com agora a revelação dos resultados financeiros da rede social, parece que esta medida não veio causar grande impacto na empresa.
De acordo com os resultados financeiros da rede social, mais de 18.3 mil milhões de dólares foram gastos em publicidade na plataforma ao longo do segundo trimestre do ano, o que representa cerca de 10% a mais do que o registado em igual período do ano anterior. Além disso, a rede social sublinha que durante as primeiras três semanas de Julho, quando começou a ser aplicado o boicote, as receitas publicitárias da empresa cresceram quase 10%.
Com isto, é seguro dizer que o boicote não parece ter causado grande impacto na rede social – que pelo contrário até registou um crescimento de procura nesta altura, talvez devido às notícias de grandes entidades terem começado a deixar de anunciar na plataforma e que levou a pequenas empresa investirem mais no conteúdo da rede social.
Mark Zuckerberg sublinhou ainda durante a sessão de revelação dos resultados que os conteúdos de ódio partilhados na rede social fazem apenas parte de uma “pequena percentagem” de todos os conteúdos partilhados diariamente nesta, e que são prontamente aplicadas medidas em conformidade, sem que o Facebook lucre com os mesmos.
Apesar de todos os boicotes, está claro que isto não parece causar grande impacto na rede social, que ainda continua a crescer apesar de todas as críticas que tem vindo a enfrentar – e que parecem ainda não terem terminado, até mesmo junto das autoridades e justiça.
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