Um ex-moderador do YouTube encontra-se a processar a Google por ter falhado na tarefa de proteger os seus funcionários sobre os danos mentais causados pelo processo de moderação de vídeos no YouTube, sobretudo por várias horas de visualização de conteúdos gráficos explícitos.
Não é surpresa que numa plataforma como o YouTube venham a surgir vídeos com conteúdos danosos para os utilizadores e em violação dos termos de serviço da plataforma. Para ajudar a evitar estas situações, a Google possui uma equipa dedicada de moderadores para tratarem de analisar casos suspeitos – um trabalho que pode acabar por ser bastante prejudicial para a saúde, tendo em conta os conteúdos que necessitam de ser revistos.
A acusação agora feita contra a Google será que a empresa terá falhado nos seus compromissos de proteger os moderadores da plataforma de casos onde estes podem ser fisicamente prejudicados ou em fornecer os meios para ajudar no tratamento. O caso em questão indica que o moderador terá apresentado sinais de Transtorno de stress pós-traumático devido ao seu trabalho no YouTube, e que a Google não o ajudou como parte do tratamento.
O moderador afirma que possui noites em que não consegue dormir ou em que possui graves pesadelos com alguns dos vídeos que viu durante o seu trabalho como moderador na plataforma, e que o impedem de ter uma vida normal.
Apesar de o YouTube ter vindo cada vez mais a usar inteligência artificial para analisar estes conteúdos, ainda é necessária a existência de moderadores humanos para a tarefa. A plataforma apenas refere que fornece toda a ajuda necessária aos funcionários conforme seja necessária, e que existem regras sobre que cada conteúdo pode ser moderado, as pausas a serem feitas, entre outros aspetos.
De notar que o YouTube não é a primeira empresa que enfrenta problemas devido à moderação de conteúdos. O Facebook teve de pagar recentemente mais de 52 milhões de dólares num acordo com vários moderadores da plataforma devido à falta de apoios fornecidos aos mesmos.
Nenhum comentário
Seja o primeiro!