A Huawei está numa situação complicada no mercado. Desde que a empresa foi banida dos EUA pelo governo de Donald Trump, foram aplicadas várias sanções que tem vindo a demonstrar-se bastante prejudiciais para a empresa.
O que começou por ser uma exclusão dos serviços da Google nos smartphones da marca, hoje abrange até mesmo a produção deste e de componentes que são considerados essenciais para os seus dispositivos.
Juntamente com a revelação dos novos Huawei Mate 40, a empresa também revelou os seus novos processadores Kirin 9000 e 9000E. Estes novo SoC contam com suporte a redes 5G e prometem superar o desempenho que se obtêm no Qualcomm Snapdragon X55.
Este encontra-se desenvolvido num processo de 5nm, o que significa que é capaz de fornecer um excelente desempenho, ao mesmo tempo que se reduz no consumo de energia – importante tendo em conta a bateria dos smartphones atuais.
Além disso, a integração de um modem 5G próprio da Huawei também faz com que a empresa tenha um maior controlo sobre o mesmo, e isto estará na base desta referir que as velocidades obtidas em 5G serão consideravelmente superiores ao melhor modem atualmente disponível da Qualcomm.
A nível de desempenho final do SoC, a empresa garante que o Kirin 9000 fornece até 10% mais em comparação com o Snapdragon 865 Plus, a melhor opção da Qualcomm atualmente disponível no mercado. O GPU Mali-G78 também deve fornecer uma melhoria de 52% no desempenho em comparação com o rival da Qualcomm.
No final, este novo processador da Huawei certamente que possui grandes vantagens a nível de desempenho final. Porém existe ainda um certo receio quanto ao futuro, com o Kirin 9000 a ser considerado por muitos como o “último processador” da Huawei no mercado.
Devido a todas as restrições, a Huawei teve de batalhar bastante para produzir stock suficiente dos novos Kirin 9000, e apesar de isso ter sido feito com algum sucesso, fica a incerteza sobre quanto stock a marca possui para o futuro das vendas, e até mesmo quanto ao futuro a nível da própria produção – tanto de novos processadores como de smartphones.
A menos que a empresa tenha algum plano concreto para evitar problemas, ou o bloqueio nos EUA seja levantado, não se esperam aproximar bons tempos por parte da Huawei.
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