O Facebook pode vir brevemente a ser forçado a vender a plataforma Giphy, depois das autoridades terem considerado que a compra da mesma pode violar as regras de monopólio no mercado.
O caso foi apresentado pela Autoridade da Competência e Mercados do Reino Unido (CMA), que desde o ano passado vinha a manter uma investigação à compra da Giphy por parte da rede social. Giphy é um popular serviço de imagens animadas na internet, que conta com integração em diferentes plataformas sociais – não apenas no Facebook, mas também em serviços como o Twitter, Snapchat, entre outros.
A conclusão desta investigação foi agora revelada, e não abona a favor do Facebook. De acordo com as autoridades, a rede social pode vir a ter de deixar de lado o Giphy, isto menos de 15 meses depois da sua compra ter sido realizada – num negócio avaliado em mais de 400 milhões de dólares.
Segundo as autoridades, a compra por parte do Facebook possui um sério risco de prejudicar a concorrência entre plataformas de redes sociais, e elimina também do mercado um potencial rival do Facebook sobre publicidade gráfica.
A CMA aponta ainda que a publicidade paga que existe no Giphy possui um elevado potencial de competir com a própria publicidade que o Facebook fornece na sua plataforma – o que acaba por criar uma situação complicada para a rede social.
Além disso, a CMA alega ainda que, devido à popularidade dos GIFs na internet, e ao facto de não existir uma plataforma rival que se compare a esta, a compra pelo Facebook poderia prejudicar quem atualmente faz uso deste serviço para fornecer imagens animadas por diferentes locais.
Como exemplo, TikTok, Twitter e Snapchat poderiam ser prejudicados caso o Facebook decidisse restringir o acesso desses serviços ao conteúdo fornecido pelo Giphy. Por fim, existe ainda a questão da privacidade e recolha de dados.
Cada vez que uma imagem é usada dentro da plataforma, esta envia informação sobre o utilizador e o dispositivo, bem como outros detalhes, diretamente para o Giphy. Por exemplo, se uma imagem for usada no Twitter, o Giphy vai ter acesso a informação sobre quem a utilizou, onde e quando – dados importantes que poderiam ser usados pelo Facebook para os mais variados fins.
Em resposta, o Facebook afirma não concordar com a decisão da CMA, sendo que a compra da Giphy foi realizada com a melhor das intenções e para garantir os melhores interesses dos utilizadores que fazem parte da plataforma e a usam no dia a dia.
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