A pandemia pode ter vindo complicar a vida de muitas pessoas, mas parece que os ricos foram os que mais beneficiaram da mesma – algo que não seria nada de novo no mercado mundial. De acordo com um estudo realizado recentemente pela Oxfam, apelidado de “A pandemia da desigualdade”, os dados demonstram que os mais ricos do mundo ficaram ainda mais ricos durante os meses mais críticos da pandemia.
Entre os meses de 19 de março de 2020 e 31 de novembro de 2021, os patrimónios dos 10 maiores milionários do mundo praticamente que duplicou, com crescimentos de quase 119%, sendo que da lista encontram-se nomes como Elon Musk, Jeff Bezos e Bernard Arnault.
Os dados apontam que estes milionários terão ganho, em média, quase 15.000 dólares por segundo, o que corresponde a quase 1.3 mil milhões de dólares por dia entre 2020 e 2021. Em contrapartida, cada vez mais pessoas entraram na mesma altura em limiar de pobreza, com 163 milhões de pessoas a terem alcançado menos de 5.50 dólares por dia devido em parte à pandemia.
Durante os primeiros 21 meses da pandemia, olhando em específico para Jeff Bezos, este terá acumulado mais de 81.5 mil milhões de dólares na sua fortuna já existente. Para comparação, os investigadores apontam que este valor seria suficiente para vacinar toda a população mundial com duas doses contra a COVID, tendo em conta o preço da vacina da Pfizer.
Em parte, o aumento da riqueza de Jeff Bezos veio diretamente da Amazon, que com mais pessoas fechadas em casa tornou-se uma das principais plataformas de compras online para muitos, o que, consequentemente, aumentou os lucros da empresa e dos seus executivos.
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